segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Aécio Neves critica a forma como o PT concede subsídios para as montadoras de veiculos
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta segunda-feira, 29, que se eleito pretende discutir os subsídios concedidos pelo governo federal às montadoras. Em evento na Praça da Matriz, em São Bernardo do Campo, no ABC, berço de criação de seu maior adversário, o PT, o tucano criticou a forma como a gestão petista concedeu esses benefícios. “Se eleito vou discutir todos os subsídios, os positivos que tiverem efeito na vida do trabalhador obviamente têm de ser mantidos, mas não da forma como vem sendo feito hoje. Onde os amigos do poder são beneficiados, enquanto o trabalhador e os cidadãos são penalizados". Beneficiado por 21 pacotes de ajuda durante o governo Dilma, o setor automobilístico é o que mais remete lucros ao Exterior, mesmo quando alega “crise”. Somente este ano, segundo o Banco Central, já foram remetidos mais de R$ 1,8 bilhão para suas matrizes. No ano passado, foram R$ 13,5 bilhões. O presidenciável tucano disse que reiterava seu compromisso com a retomada do crescimento para levar de novo confiança à classe trabalhadora e resgatar os empregos que estavam indo embora. “Apenas no ABC ocorrem 100 demissões por dia e, nos últimos 12 meses, a indústria nacional demitiu mais de 80 mil trabalhadores porque o atual governo perdeu a capacidade de fazer o Brasil crescer”, criticou. Segundo ele, sua plataforma é a que tem as melhores condições de gerar emprego porque é baseada, dentre outras premissas, na transparência fiscal e pelo absoluto respeito às regras. Nas críticas à gestão petista, principalmente o governo da adversária nessas eleições, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff, Aécio Neves disse que o Brasil não pode se contentar em ser o País do pleno emprego de dois salários mínimos. “O País não pode continuar com essa equação perversa de inflação alta e baixo crescimento, nossa proposta é a única que pode encerrar este ciclo perverso de um governo que está deseducando os brasileiros com relação à ética e aos valores”, disse, emendando: “Estamos prontos para dar ao Brasil um governo honrado, decente e eficiente, não podemos viver no País da terceirização das responsabilidades, o atual governo se omite criminosamente na questão da segurança".
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