domingo, 28 de setembro de 2014
ADPF diz que ação em jato de Lobão Filho é rotina
O presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Marcos Leôncio Ribeiro, disse na noite de sexta-feira, 26, que a operação realizada no jato do candidato do PMDB ao governo do Maranhão, Edison Lobão Filho, na madrugada de quinta-feira, 25, "é rotina em período eleitoral". Segundo ele, havia fundada suspeita, levantada por um policial civil do Estado, de que o avião transportava recursos ilegais provenientes de caixa dois de campanha. Em manifestações públicas, Lobão Filho e caciques do PMDB, como o presidente do partido e vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), protestaram contra o que classificaram como ação "truculenta" e "intimidatória" da Polícia Federal. O candidato disse que foi alvo de "constrangimento". Leôncio Ribeiro afirmou ter conversado com o diretor-regional do Maranhão da ADPF, Rodrigo Santos Correa, que havia falado com o delegado responsável pela operação, Paulo de Tarso Cruz Viana Junior, associado da entidade. Ele disse ter recebido o relato de que, quando da abordagem à comitiva, "não houve nenhuma manifestação de constrangimento" de Lobão Filho. Para rebater a acusação de ação a partir de uma denúncia anônima, o presidente nacional da ADPF destacou que a equipe comandada pelo delegado relatou que faria a abordagem ao superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Alexandre Silva Saraiva, e à Justiça Eleitoral no Estado. Leôncio Ribeiro disse que o delegado ficou "surpreso" com a repercussão que o caso ganhou. Ele disse que Paulo de Tarso é maranhense, mas não tem nenhuma atividade política. Reconheceu que o pai dele, Paulo Cruz Viana, é ex-prefeito de uma cidade do interior chamada Sítio Novo do Maranhão. Viana apareceu em reportagens apoiando a candidatura ao governo do candidato do PCdoB ao governo, Flávio Dino.
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