domingo, 31 de agosto de 2014

SEGMENTO DE ENERGIA EÓLICA VAI INVESTIR R$ 15 BILHÕES NO BRASIL EM 2014

O segmento de energia eólica vai investir cerca de 15 bilhões de reais no País neste ano. E a perspectiva é manter esse patamar de investimentos nos próximos anos, incluindo a participação nos leilões de energia promovidos pelo governo, de acordo com a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), Elbia Melo. Em dez anos, a energia eólica deve corresponder a 11% da  matriz energética brasileira, segundo estimativa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Para Elbia, um dos maiores desafios do setor no Brasil é o desenvolvimento da cadeia produtiva para garantir o andamento dos projetos e manter o índice de nacionalização, critérios básicos para conseguir financiamento do BNDES. Ela concorda com as exigências, mas lembra que a cadeia produtiva tem que evoluir rapidamente para que os projetos possam entregar a energia contratada nos leilões: "É um desafio que chamamos de emergencial. Temos que fabricar equipamentos. O adensamento da cadeia produtiva talvez seja hoje o ponto de maior atenção". O chefe do departamento da área de operações industriais do BNDES, Guilherme Tavares Gandra, explicou que o critério foi adotado em 2012 dentro da modelagem dos financiamentos para incentivar o desenvolvimento da cadeia produtiva nacional. "Desde o início da metodologia, temos cerca de 22 novas unidades industriais e 15 expansões. Estamos falando aqui de 37 projetos de investimentos", diz ele. Na avaliação de Elbia Melo, com a diversificação da matriz energética brasileira que já está acontecendo, a tendência é a redução da participação das hidrelétricas e de aumento das fontes renováveis no futuro. "Nesse processo, a energia eólica é a atriz principal. Ela vai ser rapidamente a segunda fonte a participar da matriz. Do ponto de vista da oferta, nós não temos problema em termos de potencial. O setor eólico está em um momento virtuoso e vai continuar nesta trajetória, tendo em vista a base que a indústria construiu no Brasil", explica. Segundo a presidente da Abeeolica, um fator importante que será trabalhado neste momento é encaminhar ao governo o pedido de escalonar as entregas de energia do que foi vendido nos leilões. "Essa é uma demanda importante que a indústria vai levar para o governo. Não fica em um período único e as fábricas têm tempo de programar a sua produção", diz. (Veja)

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