domingo, 24 de agosto de 2014

OMS ALERTA PARA "ZONAS OCULTAS" DE CASOS DE EBOLA; NÚMERO DE MORTOS JÁ PASSOU DE 1.427

A escala do pior surto de Ebola da história foi mascarada pelas famílias que ocultaram seus parentes infectados em casa e pela existência de “zonas fantasma” onde os médicos não chegam, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na sexta-feira. A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) informou que o número de mortos chegou a 1.427, um aumento de 77 em relação à última atualização, e o de casos de Ebola a 2.615, nos quatro países afetados: Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa. A OMS emitiu um comunicado detalhando por que a epidemia no oeste da África foi subestimada depois das críticas de que reagiu muito devagar para conter o vírus mortífero, que agora se espalha sem controle. Um mês atrás, especialistas independentes fizeram questionamentos semelhantes. Segundo eles, o contágio pode ser pior que o relatado porque moradores suspeitos das áreas afetadas estão expulsando agentes de saúde e recusando tratamento. Os relatos subestimados de casos é um problema especialmente na Libéria e em Serra Leoa. A OMS afirmou estar trabalhando agora com os Médicos Sem Fronteiras (MSF) e o Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças dos Estados Unidos para produzir “estimativas mais realistas”. A chefe do MSF, que exortou a OMS a se empenhar mais, disse na quinta-feira que a luta contra o Ebola está sendo minada por uma falta de liderança internacional e de habilidades gerenciais de emergências. O estigma do Ebola coloca um sério obstáculo para deter o surto na Libéria, Guiné, Nigéria e em Serra Leoa, que tiveram mais vítimas do que qualquer episódio da doença, descoberta quase 40 anos atrás nas florestas do centro africano.

Nenhum comentário: