sábado, 9 de agosto de 2014
MÉDICOS SEM FRONTEIRAS PEDEM IMEDIATA AÇÃO DA OMS AO SURTO DE EBOLA
O diretor operacional da ong Médicos sem Fronteiras (MSF) que atua no Oeste da África, Bart Janssens, pediu que a declaração de emergência por causa do surto de ebola feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) seja traduzida em ação imediata. Para o diretor, vidas estão sendo perdidas porque a resposta ao surto é lenta demais. “Declarar ebola uma emergência internacional de saúde pública mostra o quão seriamente a OMS está assumindo o surto atual, mas declarações não salvam vidas", disse o diretor. Ele considera que precisam ser ampliadas ações como atendimento médico, treinamento de profissionais de saúde, controle de infecção, rastreamento das pessoas que tiveram contato com infectados e sistema de alerta. Atualmente há 66 profissionais estrangeiros e 610 locais atuando pelo Médicos Sem Fronteiras no atendimento das vítimas do ebola em Serra Leoa, na Nigéria e na Libéria: ”Todos os nossos especialistas em ebola estão mobilizados, nós simplesmente não podemos fazer mais". A OMS decretou na sexta-feira que a epidemia de febre hemorrágica pelo vírus ebola, registrada em pelo menos quatro países da África Ocidental, é emergência de saúde pública de alcance mundial. A epidemia de ebola no Oeste da África matou 961 pessoas desde o início do surto, em março. Guiné, Serra Leoa e Libéria são os locais onde o surto está instalado, mas a Nigéria já registrou duas mortes pela doença.
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