sexta-feira, 29 de agosto de 2014

JUSTIÇA NEGA PEDIDO DE PRISÃO PARA LÍDER DA MÁFIA DO ISS EM SÃO PAULO

A juíza Luciene Jabur Mouchaloite Figueredo, da 21ª Vara Criminal da capital paulista, negou na tarde desta sexta-feira (29), pedido de prisão preventiva para o líder da Máfia do Imposto Sobre Serviço, Ronilson Bezerra Rodrigues, denunciado à Justiça por formação de quadrilha/associação criminosa, lavagem de dinheiro e concussão (quando o servidor público exige vantagens para exercer sua função). Segundo sentença da juíza, a prisão não era necessária porque, nove meses depois de ter sido solto, Rodrigues não conseguiu impedir que a denúncia contra a máfia fosse apresentada. "Ademais, os crimes em questão não foram praticados mediante grave ameaça ou violência à pessoa e não há demonstração concreta que Ronilson esteja atrapalhando ou inviabilizando a obtenção de provas ou mesmo expondo a perigo a integridade física de testemunhas", escreveu a juíza, em sua sentença. Luciene também deu prazo de 15 dias para que Ronilson apresente sua defesa antes de decidir se aceita ou não a denúncia apresentada contra ele pelo Ministério Público Estadual. Esse procedimento é comum quando o acusado é servidor público. Ele foi subsecretário da Receita Municipal durante a gestão Gilberto Kassab (PSD). Ronilson foi demitido da prefeitura, entretanto ele recorre da demissão. "Existe pendência comprovada de recurso administrativo contra o ato de demissão, conforme petição da defesa", argumentou a juíza. Entretanto, o ex-subsecretário terá de deixar seu passaporte com a Justiça. A primeira denúncia da Máfia do ISS envolvia 10 acusados, além de Ronilson. A juíza Luciana aceitou a denúncia contra todos eles, exceto o fiscal Amílcar José Cansado Lemos, que também terá prazo para apresentar defesa prévia antes de saber se será ou não indiciado. Amílcar, sua mulher e sua filha também tiveram de entregar o passaporte.

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