sábado, 9 de agosto de 2014
GOVERNO PETISTA CONTA COM APOSENTADORIA DE MINISTRO DO TCU PARA LIVRAR GRAÇA FOSTER DE BLOQUEIO DOS SEUS BENS
O governo petista de Dilma Rousseff conta com a aposentadoria do ministro José Jorge, do Tribunal de Contas da União, em novembro, para adiar a decisão sobre o bloqueio de bens da presidente da Petrobras, Graça Foster, pelo menos até a eleição. Na avaliação do Palácio do Planalto, um veredicto desfavorável à presidente da estatal atingiria não só a imagem da companhia, em um momento de crise econômica, como causaria danos políticos à campanha da presidente Dilma Rousseff. “Vou me aposentar, mas não vou deixar de herança esse processo”, disse José Jorge, que é relator do caso no TCU. O ministro completará 70 anos daqui a três meses e vai se aposentar por idade, mas promete apresentar o parecer sobre o assunto antes de sua última sessão no TCU, em 11 de novembro. Na prática, o governo tenta ajudar Graça Foster a conseguir se livrar do processo rapidamente, mas, se a estratégia não funcionar, a alternativa é pressionar novamente o TCU para outro adiamento da decisão. A presidente da Petrobras entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal para que seus bens não sejam bloqueados. O TCU avalia a responsabilidade de Graça Foster pelos prejuízos decorrentes da compra da refinaria de Pasadena, no Texas. No mês passado, José Jorge isentou Dilma, que era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás na época da polêmica transação, em 2006. No diagnóstico do governo, a inclusão de Graça Foster na lista dos diretores com bens bloqueados ressuscitaria a vinculação do negócio mal feito com Dilma, que pretende “vender” na campanha a imagem de boa gestora.
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