terça-feira, 26 de agosto de 2014
ARGENTINA APLICA MEDIDA DE RETALIAÇÃO A BANCO AMERICANO
A Argentina revogou a autorização legal para que o Bank of New York Mellon opere em seu território, após a instituição financeira acatar decisão da corte norte-americana de não pagar parte de seus credores internacionais, situação que levou o país ao calote. "A Superintendência de Entidades Financeiras e Cambiais (do Banco Central) revogou a autorização para a representação do banco na República Argentina", disse nesta terça-feira o chefe de Gabinete de Ministros, Jorge Capitanich. O Banco Central da Argentina informou que revogou a representação legal da instituição porque ela não cumpriu uma série de requerimentos técnicos para operar no país. Uma fonte da entidade, entretanto, afirmou que a revogação não impedirá de transferir para o Exterior os 539 milhões de dólares que a Argentina depositou em suas contas locais para o pagamento do vencimento de um bônus aos credores. A medida foi tomada na esteira da discussão sobre um projeto de lei, enviado pela presidente peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner, que prevê que o Banco de la Nación Argentina substitua o banco como agente de pagamento dos títulos argentinos reestruturados sobre leis estrangeiras. A instituição se negou a finalizar em julho o pagamento dos juros de um bônus aos credores, após o juiz norte-americano Thomas Griesa determinar o cumprimento das obrigações da Argentina com os fundos de hedge que não aceitaram a reestruturação da dívida em 2002. A Argentina, por sua vez, não aceitou a decisão de pagar 1,33 bilhão de dólares mais juros aos chamados "fundos abutres". O país acusou o Bony de não ter cumprido com seu dever de agente de pagamento e ameaçou processá-lo.
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