Por Daniel Haidar, na VEJA.com: O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, afirmou neste domingo, no Rio de Janeiro, que vai criar um mecanismo de reajuste para aposentadorias e o benefício de prestação continuada (BPC), pago a maiores de 65 anos com renda per capita familiar inferior a um quarto do salário mínimo. De acordo com o presidenciável, os aposentados terão um aumento anual nas pensões que leve em conta a variação de uma cesta de preços de remédios, além da manutenção da regra de reajuste atual, que acompanha a variação da inflação oficial do ano anterior e do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
“Incorporaremos, além do aumento real do salário mínimo, que continuará a ser praticado no nosso governo, um aumento especial para os aposentados levando em consideração, além do índice acertado, também o aumento de medicamentos. Será a primeira sinalização clara de que aposentados e idosos do Brasil começarão a ter tratamento diferenciado”, afirmou Aécio.
Ainda é preciso decidir quais remédios de uso contínuo teriam preço monitorado para embasar o reajuste das aposentadorias. A proposta foi anunciada em discurso a idosos hospedados no Abrigo Cristo Redentor, que pertence à União, mas hoje é administrado pela Secretaria Estadual de Assistência Social do Rio de Janeiro. No abrigo, Aécio conversou com idosos e visitou as instalações do local. O governo do Rio impediu que jornalistas acompanhassem o momento em que o presidenciável visitou quartos.
Em confraternização preparada por funcionários do governo estadual, o candidato cantou a música “Amizade Sincera”, de Renato Teixeira, abraçado com a idosa Arlete Severino da Silva. Antes, dançou com Ladir Rodrigues, outra hóspede do abrigo.
Aécio também divulgou o programa “Digna Idade”, que prevê a qualificação de cuidadores de idosos e a criação de asilos públicos. Os recursos públicos para financiar a melhora das aposentadorias e projetos para idosos viriam de uma readequação das prioridades orçamentárias, destacou o candidato tucano. “Recursos virão de um Estado com política fiscal austera, que não aumenta os gastos correntes de forma irresponsável, como esse governo aumentou. A questão é estabelecer prioridades”, afirmou.
Na nova estratégia do PSDB para diferenciar Aécio da ex-senadora Marina Silva (PSB) na corrida presidencial, os tucanos exploram a “falta de preparo” da concorrente. Sem mencioná-la, o presidenciável tucano afirmou neste domingo: “Construímos uma proposta que não é improvisada. Aquilo que defendo hoje, eu já defendia lá atrás”.
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