terça-feira, 29 de julho de 2014

O PETISTA ANDRÉ VARGAS, PARCEIRO DO DOLEIRO YOUSSEF, NÃO APARECE NO CONSELHO DE ÉTICA E RELATOR AGORA TEM 10 DIAS PARA DEFINIR PROCESSO

O deputado federal petista André Vargas, parceiro do doleiro Alberto Youssef, voltou a ignorar o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, pela terceira vez, a prestar depoimento ao colegiado nesta terça-feira, prazo final para a realização de audiências. Com isso, o relator do processo de cassação do mandato, deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG), tem dez dias para apresentar seu parecer sobre o caso. Delgado afirmou que vai apresentar o relatório já na próxima semana, quando a Casa fará um esforço concentrado para esvaziar a pauta de votações. “Mas o esperado é que haja alguma medida protelatória que pode acabar atrapalhando o trabalho”, disse o relator. Apesar de ter evitado assumir a linha de frente de sua defesa e encarar o Conselho de Ética, o petista André Vargas tem atuado nos bastidores para impedir a abertura do processo de cassação. Seu objetivo é conseguir a aplicação de pena mais branda, como uma suspensão ou advertência. A expectativa é que aliados do ex-petista peçam vista e adiem ao máximo a votação do parecer. Pelo Twitter, Vargas já havia antecipado sua ausência no Conselho de Ética: “Não comparecerei ao Conselho de Ética pois o relator está atropelando meu direito de defesa e a decisão do Supremo Tribunal Federal, que deu acesso aos documentos”, escreveu. André Vargas disse ainda que Delgado “deveria se dar por suspeito” para julgar o caso”. Em mais uma das diversas manobras protelatórias, sua defesa solicitou ao Supremo o acesso aos autos da Operação Lava-Jato da Polícia Federal. Na semana passada, a corte acatou o pedido e estabeleceu até a próxima sexta-feira como prazo para o deputado se manifestar. A defesa alega que o encerramento das audiências só poderia ocorrer após o prazo estipulado pelo Supremo, argumento reiterado pela corte nesta terça-feira. Apesar de ter negado o pedido de André Vargas para paralisar o processo no conselho, o ministro Ricardo Lewandowski determinou que seja respeitado o prazo de cinco dias para a audiência. Com o encerramento das investigações, Delgado não pode mais solicitar audiências nem requisitar documentos relativos ao caso. Já André Vargas pode se manifestar até a apresentação do relatório final.

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