quarta-feira, 30 de julho de 2014

ISRAEL INTENSIFICA AÇÃO MILITARES EM GAZA ENQUANTO EGITO REVISA PLANO DE TRÉGUA

Israel destruiu a única usina de energia de Gaza e atingiu dezenas de outros alvos prioritários nesta terça-feira, enquanto mediadores egípcios preparavam uma nova proposta para pôr fim à guerra contra os terroristas islâmicos do Hamas. A rede de TV israelense Channel Two informou que tem havido progresso em um acordo no Cairo, onde uma delegação palestina era esperada no final desta terça-feira, embora a emissora tenha negado um relato anterior de que uma trégua tinha sido acordada provisoriamente. Autoridades de saúde disseram que pelo menos 85 palestinos morreram em alguns dos piores bombardeios por terra, mar e ar desde o início da operação defensiva de Israel, em 8 de julho, em resposta aos foguetes disparados pelos terroristas do Hamas e por seus aliados. Funcionários de hospitais locais afirmaram que o número total de palestinos mortos no conflito subiu para 1.200. Do lado israelense, 53 soldados e três civis morreram. A ofensiva israelense se intensificou após a morte de 10 soldados em ataques de terroristas do Hamas em solo israelense na segunda-feira, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou que antevê um longo conflito. Mas os militares disseram precisar de cerca de uma semana para finalizar sua missão principal – destruir os túneis na fronteira que os terroristas do Hamas usam para se infiltrar em território de Israel e atacar israelenses. Já Mohammed Deif, líder do braço armado do Hamas, disse em uma mensagem de voz que os palestinos continuarão enfrentando Israel até que o bloqueio a Gaza - que é apoiado pelo vizinho Egito - seja retirado. "A entidade ocupante não poderá desfrutar de segurança, a menos que o nosso povo viva em liberdade e dignidade", disse Deif: "Não haverá cessar-fogo até que a agressão (israelense) pare e o bloqueio acabe. Nós não vamos aceitar soluções provisórias". Os terroristas do Hamas lançaram 54 foguetes em direção ao sul e ao centro de Israel, incluindo a área de Tel Aviv, cinco deles foram abatidos pelos interceptadores do Domo de Ferro e o resto errou o alvo. Uma autoridade egípcia declarou que o Cairo está revisando uma proposta de trégua que a princípio Israel havia aceitado, mas o Hamas rejeitado, e que a nova oferta será apresentada à delegação palestina. Uma autoridade israelense disse que Israel pode mandar seu próprio enviado ao Egito. O governo de Israel, que defende o desarmamento da organização terrorista Hamas, tem o apoio de seus cidadãos. Uma pesquisa da Universidade de Tel Aviv publicada nesta terça-feira mostrou que 95% da maioria judaica de Israel acreditam que a ofensiva é justificada. Os militares de Israel disseram que soldados mataram cinco atiradores que abriram fogo depois de emergir de um túnel dentro da Faixa de Gaza, e que 110 alvos no bastião terrotista foram atingidos na terça-feira, entre eles quatro esconderijos de armas que os militares afirmaram estarem ocultos em mesquitas e um lançador de foguetes perto de outra mesquita. Moradores relataram que 20 casas foram demolidas e duas mesquitas atingidas. Autoridades de hospitais locais disseram que disparos de tanques israelenses e ataques aéreos mataram 10 pessoas no campo de refugiados de Jabalya e nos arredores, no norte da Faixa de Gaza, e que um médico do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e seu irmão foram mortos em outro ataque nas imediações. O Acnur, principal agência da ONU em Gaza, informou que mais de 200 mil palestinos deslocados se abrigaram em suas escolas e seus edifícios depois dos pedidos de Israel para que os civis deixassem vizinhanças inteiras antes de operações militares. Outros milhares foram acolhidos por amigos ou familiares. A agência ainda disse ter encontrado um esconderijo de foguetes em uma de suas escolas no centro de Gaza nesta terça-feira, o terceiro incidente do gênero. Uma densa fumaça preta se erguia dos tanques de combustível em chamas na estação de energia responsável por dois terços do consumo elétrico em Gaza. A autoridade de energia local disse que a avaliação de danos inicial mostrou que a usina pode ficar sem funcionar durante um ano. A eletricidade foi cortada na Cidade de Gaza e em muitas outras partes do território dominado pela organização terrorista Hamas depois do que autoridades afirmaram ter sido um bombardeio israelense dos tanques. “A usina de energia está destruída”, declarou seu diretor, Mohammed al-Sharif.

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