segunda-feira, 28 de julho de 2014
CUSTO DE CONGESTIONAMENTOS NO TRÂNSITO NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO CHEGA A R$ 98 BILHÕES
Os congestionamentos de trânsito registrados nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo geraram custo econômico de R$ 98 bilhões, no ano passado, de acordo com estudo técnico divulgado nesta segunda-feira pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O cálculo considera a perda de produção não concretizada e o gasto extra de combustíveis. O custo da mobilidade equivale a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, disse o economista Riley Rodrigues, especialista em competitividade industrial e investimentos do Sistema Firjan. No caso da região metropolitana do Rio de Janeiro, o tempo médio perdido por dia em congestionamentos atingiu 130 quilômetros (km), acarretando prejuízo econômico de R$ 29 bilhões, em 2013, ou o equivalente a 8,2% do PIB metropolitano. Já na região metropolitana de São Paulo, os congestionamentos somaram 300 km em média, por dia, no ano passado, com custo de R$ 69,4 bilhões, o que correspondeu a 7,8% do PIB metropolitano. A situação pode se agravar, se não forem tomadas medidas adequadas, aponta o estudo. Rodrigues informou que quando se observa a região metropolitana do Rio de Janeiro, percebe-se que o custo do congestionamento pode chegar a R$ 40 bilhões, em 2022, com extensão diária de 182 km, enquanto em São Paulo o congestionamento pode chegar, no mesmo período, a 357 km/dia, com custo equivalente a R$ 120 bilhões. Riley Rodrigues disse que, no Rio de Janeiro, são feitas diariamente 23,4 milhões de viagens, das quais 7,1 milhões a pé ou de bicicleta. Já em São Paulo, são 43,8 milhões de viagens por dia, sendo 14,3 milhões a pé ou de bicicleta. O restante é feito por transporte motorizado (ônibus, trem, metrô, táxi, automóvel e motocicleta principalmente). Ele ressaltou que “São Paulo tem uma demanda muito maior, derivada de uma população também maior”. Como a economia de São Paulo é mais forte, o economista indicou que a demanda é maior e, por isso, os investimentos em mobilidade na região metropolitana acabam não tendo impacto de redução nos congestionamentos: “Eles reduzem o ritmo de crescimento do congestionamento, que cresce de forma mais lenta, mas não inverte a curva e começa a diminuir. Por isso, você tem um congestionamento crescente e um custo desse engarrafamento, porque a demanda é muito grande”. No caso do Rio de Janeiro, como a demanda é bem menor, a Firjan projeta uma queda do custo do congestionamento de R$ 29 bilhões para R$ 25 bilhões, em 2014 e 2015.
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