quarta-feira, 28 de maio de 2014
JUSTIÇA MANTÉM PRESO O CASEIRO DE PAULO MALHÃES
A desembargadora Marcia Perrini Bodart, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou o pedido de liberdade ao caseiro Rogério Pires, que trabalhava no sítio do coronel reformado do Exército Paulo Malhães, assassinado em 24 de abril. A magistrada determinou ainda que a 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, responsável pelo caso, envie informações sobre o caso até o próximo dia 31. Só após a análise dos dados requeridos a desembargadora decidirá se mantém o caseiro na cadeia. Pires é acusado pela Polícia Civil de ter facilitado a entrada dos próprios irmãos Anderson e Rodrigo Pires e de um homem encapuzado ainda não identificado no sítio em que o oficial morava, em Nova Iguaçu (cidade na Baixada Fluminense). O objetivo seria roubar armas de Malhães. O pedido de libertação do suspeito foi impetrado pela defensora pública Raquel Ayres, que também quer que a Justiça suspenda os mandados de prisão expedidos contra Anderson e Rodrigo, que estão foragidos. Apesar de os delegados da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) afirmarem que o caseiro entrou em contradição durante os depoimentos e assumiu participação no crime, a defensora afirma que não houve confissão. Ela também apontou uma série de "irregularidades gritantes" cometidas pela polícia durante as investigações. Citou, como exemplo, o fato de o caseiro ter prestado depoimento sem a presença de um advogado. Diz também que no inquérito policial não existe depoimento em que Pires teria confessado envolvimento no assalto ao sítio.
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