quarta-feira, 28 de maio de 2014
EMPRESÁRIO DENUNCIA QUE O BANDIDO PETISTA MENSALEIRO JOSÉ DIRCEU TEM NEGÓCIOS SUSPEITOS NA PETROBRAS
O empresário paulista Caio Gorentzvaig, do setor petroquímico, afirma que o ex-ministro e bandido petista mensaleiro José Dirceu, preso em Brasília pelo Mensalão do PT, seria o homem por trás de negócios bilionários suspeitos na Petrobras. Gorentzvaig se diz vítima do esquema. Amigo pessoal do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), Caio Gorentzvaig já foi um dos grandes empresários do setor petroquímico no Brasil. Ele e a família eram sócios da Petroquímica Triunfo, no Rio Grande do Sul, junto com a Petrobras. Por causa dos negócios, ele ia semanalmente a Brasília e teve uma visão privilegiada de como se desenrolou um dos mais polêmicos negócios da Petrobras no país – a compra da petroquímica Suzano. A empresa, da família Feffer, era avaliada em bolsa em R$ 1,2 bilhão e ainda tinha uma dívida de R$ 1,4 bilhão. Mesmo assim, a Petrobras resolveu comprar a empresa por R$ 2,7 bilhões e assumiu a dívida. O total da transação foi de mais de R$ 4 bilhões. Para convencer a Petrobras a comprar a petroquímica Suzano, um de seus donos, o empresário David Feffer, contou com o apoio de pessoas de peso. José Dirceu está preso, condenado como um dos líderes do Mensalão do PT. Mesmo longe do governo, o ex-ministro tinha trânsito livre no Planalto. Já Paulo Roberto Costa era diretor de abastecimento da Petrobras e homem de confiança do ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. Paulo Roberto Costa ficou dois meses preso na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, acusado de desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro. Ele foi solto por determinação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Com o apoio do bandido petista mensaleiro José Dirceu e Paulo Roberto Costa, David Feffer conseguiu fazer o negócio de pai para filho. Já a sócia da Petrobras na petroquímica Triunfo, a família de Caio, passou a ter problemas com a estatal, que teria impedido investimentos e o crescimento da companhia. Diante do impasse, Caio e o pai tentaram comprar a parte do governo. Mas os diretores da Petrobras foram agressivos e ameaçaram os sócios. Caio e a família foram à Justiça para comprar a parte da Petrobras na Triunfo e o juiz chegou a propor um acordo. Uma contraproposta de R$ 355 milhões. Mesmo assim, a Petrobras não fechou negócio. Até hoje, Caio briga na Justiça para ter o controle da petroquímica Triunfo. O empresário garante que tem provas das irregularidades nas compras das petroquímicas Suzano e Triunfo. A procuradoria da República deve ouvi-lo nos próximos dias. (Claudio Humberto)
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