quinta-feira, 1 de maio de 2014

ARROGANTE E BLASÉ, DILMA ABRE GUERRA COM A BASE ALIADA

Em entrevista a rádios da Bahia, na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff disse que tocará sua candidatura à reeleição com ou sem o apoio dos partidos de sua base aliada. E afirmou que não irá se importar com as manifestações do "volta, Lula". "Gostaria muito que, quando eu for candidata, eu tivesse o apoio da minha base, da minha própria base. Agora, não havendo esse apoio, a gente vai tocar em frente", disse a presidente, dois dias após parte da bancada do PR, partido da base do governo, ter pedido a substituição de Dilma pelo ex-presidente Lula. Na segunda-feira, o PR afirmou, em carta: "Certos de que nossos compromissos não se esgotam na obra de um governo, entendemos que o país precisa do reencontro com os princípios daquela aliança de 2002". O trecho fez destaque às eleições em que o PR foi importante na viabilização da eleição de Lula para seu primeiro mandato. Sobre essas manifestações pela candidatura de Lula, Dilma disse às rádios baianas: "Sempre, por trás de todas as coisas, existem outras explicações. Não vou me importar com isso". A seguir, afirmou que "gosta" de ser presidente do País. Em jantar com jornalistas esportivos no Palácio da Alvorada, na segunda-feira, a presidente Dilma procurou afastar rumores de que será substituída por seu antecessor, o alcaguete Lula (delatava companheiros para o Dops paulista na ditadura militar, conforme o delegado Romeu Tuma Jr), na candidatura do PT à Presidência da República. "Nada me separa dele e nada o separa de mim. Sei da lealdade dele a mim, e ele da minha lealdade a ele", disse Dilma. A presidente afirmou que não há fato que possa romper sua aliança com Lula, de quem foi ministra por dois mandatos. A cúpula da campanha dilmista espera que o Encontro Nacional do PT, que será realizada nesta sexta-feira, crie fato político para espantar o "volta, Lula", movimento que conta com apoio de políticos de partidos aliados e empresários. Na terça-feira, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou pesquisa do instituto MDA. O levantamento mostra um recuo de 6,7 pontos percentuais nas intenções de voto, passando de 43,7% em fevereiro para 37% agora. Também indica uma fuga mais nítida de intenção de votos para a oposição em uma sondagem com margem de erro de 2,2 pontos. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) subiu de 17% em fevereiro para 21,6%. A pesquisa foi realizada dias depois de ir ao ar propagandas partidárias tendo o tucano como protagonista. Já o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, oscilou na margem, de 9,9% para 11,8%. A pesquisa captou os efeitos da crise da Petrobras – 30,3% dos entrevistados disseram que têm acompanhado as notícias sobre o caso e outros 19,9% afirmaram ter ouvido falar sobre o assunto. Para 33,4% dos que tomaram conhecimento total ou parcial sobre o assunto, Dilma foi a responsável pela malfadada compra de uma refinaria nos Estados Unidos.

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