domingo, 4 de maio de 2014

ANP RECOMENDARÁ NOVO LEILÃO DO PRÉ-SAL APENAS EM 2016

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) recomendará ao governo federal que um novo leilão de área petrolífera no pré-sal brasileiro só ocorra no segundo semestre de 2016, e que uma licitação de blocos tradicionais, no pós-sal, seja feita somente em 2015. A informação é da diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, que considera que é preciso dar ao mercado um tempo, após três leilões no ano passado, que incluíram a mega reserva de Libra, no pré-sal. Segundo Magda Chambriard, a indústria de equipamentos para o setor, especialmente, precisa de uma pausa nas licitações para conseguir atender demandas da exploração de áreas que estão em desenvolvimento. "Já será difícil atender essa demanda toda e imagina se colocamos mais um leilão de pré-sal na praça?", questionou. "Acho que a recomendação é fazer um outro (no pré-sal) mais para o fim de 2016", acrescentou. A necessidade de dar tempo para que fornecedores se preparem para atender a forte demanda dos próximos anos é também o motivo da recomendação para que não seja realizada outra rodada este ano dentro do modelo de concessão no pós-sal. Magda Chambriard disse que a recomendação da ANP será feita em breve ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que deverá decidir sobre o assunto. Ela não detalhou uma data: "A nossa recomendação é para isso. Fazer no ano que vem fora do pré-sal e outra de pré-sal só no fim de 2016. Essa é a nossa posição, mas não significa que o CNPE não possa ter outra opinião". Como exemplo da grande demanda que a indústria de equipamentos terá, a diretora-geral da ANP citou cálculos que apontam que a capacidade de produção somente em sete áreas - algumas já em operação, como Tupi e Sapinhoá - é de mais de 750 milhões de barris de petróleo ao longo da vida útil dos campos. Esse volume demandaria ao menos 40 novas plataformas nos próximos anos. No ano passado, o governo federal realizou três rodadas depois de um período de cinco anos sem licitações, incluindo a área de Libra, com volumes recuperáveis estimados pela ANP entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris. Além de reserva de Libra, considerada a maior do Brasil, a ANP realizou uma rodada tradicional com áreas em novas fronteiras e bacias marítimas maduras e um certame focado em gás, buscando desenvolver a exploração de gás não convencional. "Temos que dar uma parada para olhar, analisar, estudar e ver também a capacidade de resposta da indústria", afirmou Magda Chambriard, ao ressaltar que a rodada de novembro de 2013 deveria ter sido realizada em 2014, mas foi antecipada.

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