André Vargas, ainda deputado federal (que desassombro, né?), pediu licença do mandato por dois meses para cuidar de interesses particulares. É mesmo? Por quê? Ele já não cuidava antes? Que eu saiba, quando se meteu a fazer lobby em favor da empresa do doleiro, o dinheiro era público, mas os benefícios eram privados, não? Ou, quando Alberto Youssef diz que André Vargas faria a sua “independência financeira”, o doleiro se referia, sei lá, aos destinos da pátria?
Então Vargas não teve o bom senso nem mesmo de renunciar ao cargo de vice-presidente da Câmara e do Congresso. Pede um afastamento para não ficar, assim, tão vexaminoso para o PT, mas a instituição que se dane; ele não está nem aí. Como é sabido, trata-se apenas de uma tática, né? Quem sabe o assunto esfrie um pouquinho, as coisas voltem ao leito, esse negócio passe… Vargas não será mais presidente da Câmara (caso se reeleja), mas já está de bom tamanho. No PT, a gente sabe que ele manterá a influência porque esse tipo de comportamento costuma render estrelas no peito, certo? Afinal, toda a antiga cúpula do partido está na cadeia. Não é assim porque eles sejam exímios violinistas, certo?
Enquanto isso, quem sangra é o Poder Legislativo. O PT não dá bola pra isso. Quanto mais perto do lixo estiver o Congresso, melhor para a turma. Por Reinaldo Azevedo
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