domingo, 22 de dezembro de 2013

GOVERNO ARGENTINO ANUNCIA NOVO CONGELAMENTO DE PREÇOS

O governo argentino da peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner anunciou, na sexta-feira, um novo congelamento de preços de produtos de consumo de massa. Este é o terceiro congelamento anunciado em 2013 para tentar brecar a aceleração da inflação, que já acumula alta anual de quase 27%, conforme estimativas de institutos privados. As questionadas estatísticas oficiais apontam inflação anual de 10,5%. Pelas projeções privadas, só em dezembro a alta de preços está em torno de 3%. Segundo o ministro de Economia, Axel Kicillof, a diferença deste novo tabelamento é que o acordo fechado com os supermercadistas inclui também os fornecedores. "É um acordo voluntário de preços entre o governo federal e os principais atores do setor e que avança na cadeia de valor, não só nos pontos de venda", disse Kicillof durante o anúncio do acordo, que inclui 200 produtos: "É voluntário porque sabemos que sem a participação do setor privado, os controles e os congelamentos não funcionam". O governo ainda não divulgou a lista dos produtos, mas pelos tabelamentos anteriores, é possível inferir que entre os itens tabelados estarão algumas marcas de farinha de trigo, macarrão, erva-mate, sabonete e vinho. O esquema não inclui todas as marcas dos itens tabelados, somente as mais populares. Nos dois congelamentos anteriores, por exemplo, houve muitas críticas por parte das associações de consumidores porque havia somente uma marca de farinha de trigo tabelada, enquanto no segmento de bebidas havia cinco marcas de vinho e algumas de cerveja. O programa terá "controle popular", anunciou o ministro-chefe de Gabinete, Jorge Capitanich. "O valor da participação das pessoas é inestimável", afirmou, pedindo "que cada um dos argentinos ajude o governo ao cuidar do próprio bolso". Ao redor dos empresários, no salão onde o anúncio foi feito, havia dezenas de militantes do movimento kirchnerista jovem La Cámpora usando camisetas com a frase "Olhamos os preços". O tabelamento entrará em vigor no dia 1º de janeiro e vai durar um ano.

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