MINISTRO LUIZ FUX CONCEDE LIMINAR QUE SUSPENDE CORTE DE SALÁRIOS DE GREVISTAS DA EDUCAÇÃO NO RIO DE JANEIRO. ENTRA, ASSIM, NO CORDÃO DOS INSENSATOS, QUE CADA VEZ AUMENTA MAIS
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, acaba de conceder uma liminar que suspende o corte de ponto dos grevistas do Rio de Janeiro. Fux convocou ainda uma audiência de conciliação. Mais tarde escreverei sobre a onda populista que toma conta da Justiça e que alimenta, na prática, o vandalismo nas ruas. Com todo respeito ao ministro, trata-se de uma decisão insana. Parece brincadeira. O chamado não desconto dos dias parados transforma greve em decisão cartorial. Nem os chamados sindicalistas do ABC, cujo líder máximo foi Lula — e olhem aonde ele chegou —, reivindicavam tal despropósito. Ao contrário até: faziam-se fundos de greve e coleta de alimentos para entregar aos grevistas. Ora, quem decide parar decide também correr o risco. Em 2011, o governo decidiu descontar os dias parados dos grevistas dos Correios. A ministra Miriam Belchior repetiu, então, frase do próprio Lula, dita em 2007: “Greve não é férias. Quem toma a decisão de fazer greve sabe que pode ter de pagar por elas. O presidente Lula já dizia, greve não é férias”. Não para o ministro Fux. Sem, ao menos, uma “audiência de conciliação” — e notem que não se trata de uma divisão da Justiça do Trabalho, mas da corte suprema do Brasil —, fica preservado, então, o suposto direito de receber mesmo sem trabalhar. Por Reinaldo Azevedo
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