sexta-feira, 27 de setembro de 2013
SECRETÁRIO DO TESOURO DIZ QUE NOVO PARCELAMENTO DE DÍVIDAS COM A UNIÃO TRARÁ MAIS RECEITAS AO GOVERNO, É O ÚLTIMO LANCE DO MANDRAKE
Prevista para entrar em vigor em 29 de novembro, a reabertura da adesão ao reparcelamento de dívidas com a União, chamada de Refis da Crise, vai ajudar a impulsionar o caixa do governo no fim do ano, disse nesta sexta-feira o secretário do Tesouro Nacional, o neotrotskista gaúcho Arno Augustin, "Mandrake" das contas nacionais. Segundo ele, a medida é importante para estimular a economia ao permitir que empresas regularizem a situação fiscal. “O Refis pode servir como estímulo à economia porque abre a possibilidade de que empresas regularizem a situação”, declarou. O secretário, no entanto, não forneceu uma estimativa de quanto o governo deve arrecadar com a renegociação das dívidas nem soube informar se o programa começará a trazer receitas para o governo em novembro ou em dezembro. De acordo com o secretário, o reparcelamento não favorece os sonegadores porque são usados em situações excepcionais, quando empresas perdem na Justiça e enfrentam passivos grandes com a União. Segundo ele, o mecanismo não foi usado nos últimos dois anos porque tinha havido poucas decisões judiciais desfavoráveis às empresas: “Nos últimos dois anos, houve poucas receitas extraordinárias". Incorporada à Medida Provisória 615, a reabertura do Refis da Crise foi aprovada pelo Congresso. A presidenta Dilma Rousseff tem até 9 de outubro para sancionar ou vetar o reinício do programa de renegociação. No início da semana, o secretário adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes, tinha declarado que o Fisco era contra um novo parcelamento de dívidas com a União, mas admitiu que a decisão depende de fatores políticos. Apesar de ressaltar que um novo Refis da Crise impulsionará a arrecadação, o secretário do Tesouro Nacional disse que esse não é o principal fator que fará as receitas federais reagirem nos próximos meses. Segundo ele, há uma tendência de melhora da arrecadação provocada pela recuperação da economia, citando a arrecadação recorde registrada em agosto. Apesar das receitas expressivas no mês passado, agosto registrou o pior superávit primário da história para o mês. Segundo o secretário, o desempenho fraco deveu-se a despesas que pressionam as contas públicas em agosto, como o pagamento do décimo terceiro salário aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo ele, o esforço fiscal em setembro também será baixo por causa da Previdência Social.
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