quarta-feira, 25 de setembro de 2013

PSDB QUER QUE CHEFE DO CADE SE EXPLIQUE

Leiam o que informa Débora Álvares, no Estadão Online. Volto em seguida:

Lideranças do PSDB no Senado e na Câmara estudam convidar o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho, a dar explicações sobre o fato de ter omitido em currículos oficiais a ligação profissional com o deputado estadual Simão Pedro (PT). O parlamentar foi responsável por representações que apontavam suspeitas de formação de cartel, superfaturamento e pagamento de propina envolvendo contratos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Na Câmara, a liderança do partido informou que vai protocolar requerimentos para convidar Vinícios Marques de Carvalho e ainda convocar os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e José Eduardo Cardozo (Justiça). “É inaceitável a falta de transparência e de responsabilidade na indicação de titulares de cargos no governo do PT”, afirmou o deputado Carlos Sampaio (SP). “É muito grave isso. Já estou estudando quais as medidas políticas e judiciais cabíveis nesse caso. Mas vou pedir hoje mesmo que ele venha à comissão que o sabatinou, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), para esclarecer o assunto”, disse o líder do PSDB na Casa, senador Aloysio Nunes (SP). Carvalho foi sabatinado no Senado em maio do ano passado. Nunes ironizou a justificativa de Carvalho ao Estado, que classificou a omissão como não intencional. “Ele omitiu informações importantes que, seguramente, teriam influenciado a indicação”, disse Aloysio. (…)
Voltei
Se o fato de o chefe do Cade ter sido subordinado do petista que vivia denunciando suposto cartel não tem importância, então por que ele próprio omitiu essa condição? Se ambos são amigos, como admite Simão Pedro, hoje secretário de Fernando Haddad, como é que o tal Vinicius Carvalho foi se esquecer justamente dos, digamos, serviços pretéritos prestados ao “amigo”? Esse vínculo ilumina uma cadeia de absurdos. Fez-se um acordo de leniência com executivos da Siemens voltado especialmente para São Paulo — o governo federal, comandado pelo PT, partido do senhor Carvalho, ficou de fora. Com uma apuração “sigilosa” em curso, fragmentos começaram a ser vazados lá do Cade — tudo com um único alvo: o PSDB. O esforço deliberado nem era para prejudicar este ou aquele tucanos em particular. A ardil buscava e busca incriminar todo o partido. Ou por outra: a denúncia já nasceu com sotaque marqueteiro-político-eleitoral. Com uma verdadeira indústria de vazamento em curso, o governo de São Paulo tentava — e tenta ainda — conhecer o teor da denúncia, e Cavalho, cinicamente, respondia que ela se dava “em sigilo”. Por Reinaldo Azevedo

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