quarta-feira, 25 de setembro de 2013

PERCENTUAL DE FAMÍLIAS ENDIVIDADAS TEM SEGUNDA QUEDA MENSAL CONSECUTIVA

O percentual de famílias brasileiras endividadas atingiu 61,4% em setembro, o que representa uma queda em comparação a agosto (63,1%). Houve alta, porém, em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o índice atingiu 58,9%, de acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional), divulgada nesta quarta-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os dados são apurados em todas as capitais dos Estados, além do Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores. A economista Marianne Hanson, da CNC, informou que é a segunda queda consecutiva no percentual de famílias com dívidas. “Essa tendência recente de queda é compatível com o que a gente tem observado, tanto no mercado de crédito como nos indicadores de consumo das famílias, em especial das vendas no varejo". Marianne analisou que, na medida em que ocorre uma moderação no crescimento das concessões de empréstimos e das vendas de produtos atrelados ao crédito, as famílias se endividam menos. Para ela, o percentual ainda está em um patamar mais elevado em relação a setembro de 2012 porque, no primeiro semestre do ano, foi observada uma tendência de alta desse indicador. O movimento decorre de uma cautela por parte do consumidor, destacou a economista. Nos seis primeiros meses deste ano, o volume de vendas cresceu apenas 3% em relação ao mesmo período do ano passado, acompanhado por uma expansão mais fraca do crédito, comparativamente ao ritmo que vinha sendo observado nos últimos anos. As famílias estão mais seletivas quanto à oferta de crédito, segundo Marianne. Essa pesquisa é muito suspeita quanto aos seus resultados, porque a situação observada nos balcões das empresas terceirizadas, a serviço dos bancos, especializadas nas renegociações de dívidas, é de uma produção inacreditável. Todos os dias, dezenas de milhões de reais são renegociadas. Pessoas com renda de 12 mil reais, encalacradas com dívidas de 30 ou 40 mil reais, renegociam suas dívidas, com juros maiores, em prazos mais alongados, e têm o crédito renovado. Então, os índices de limpeza do endividamento são falsos, não espelham o que de fato está acontecendo. A ciranda financeira está girando de uma maneira alucinada no País. Quando isso estourar, vai ser um desespero só.

Nenhum comentário: