terça-feira, 24 de setembro de 2013

MORRE MAIS UM DA VELHA GUARDA DO PT

José Cicote começou ganhando a vida como lavrador e motorista de caminhão, mas foi como metalúrgico e sindicalista que se encontrou profissionalmente. Entre 1972 e 1980, foi diretor do sindicato da categoria em Santo André (na Grande São Paulo). Anos mais tarde, acabou preso ao lado de outros líderes durante a ditadura militar. Passou 21 dias no Dops (Departamento de Ordem e Política Social). Cicote articulou e participou efetivamente da fundação do PT, o Partido dos Trabalhadores, integrando a primeira executiva nacional. Em entrevista à Folha em 2002, contou que nem mesmo a sua mulher, Inês, acreditava na criação da sigla. "Cheguei em casa e falei para ela: 'Estamos pensando em fundar um partido, o que você acha?' Ela: 'Quá-quá-quá'. Quase morreu de rir. 'Vocês nem conseguem manter um sindicato!'", disse. Na década de 80, assumiu o comando do PT em Santo André e do diretório estadual. Foi ainda deputado estadual por duas vezes consecutivas, deputado federal e vice-prefeito da cidade da Grande São Paulo que adotou após deixar Poloni, no interior paulista. Teve ainda participação direta na militância política do filho Almir, hoje vereador, também em Santo André. Atualmente, era membro do PSB (Partido Socialista Brasileiro), vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e vice-presidente da Associação dos Metalúrgicos de Santo André. Morreu no sábado, aos 75 anos, devido a uma infecção hospitalar.

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