quinta-feira, 15 de agosto de 2013

NOVO MINISTRO DO SUPREMO DIZ QUE CORRUPÇÃO NÃO DEVE SER POLITIZA

No julgamento dos recursos do caso do Mensalão do PT, o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, defendeu que não houvesse redistribuição dos embargos de declaração e que os recursos ficassem sob sua relatoria. Argumentou que a ausência de notas taquigráficas e partes de votos não prejudicaram o acórdão, e foi acompanhado pela maioria. O destaque da sessão foi o ministro Luis Roberto Barroso, que tomou posse no Supremo em junho. Em seu voto, ele fez uma avaliação da situação política brasileira e disse que o problema da corrupção não será resolvido se não for realizada uma ampla e urgente reforma política. Ele observou que, enquanto uma campanha modesta a deputado federal custa cerca de R$ 4 milhões, o teto salarial líquido do funcionalismo público não chega a R$ 20 mil. Barroso citou exemplos de escândalos dos últimos 20 anos envolvendo políticos. Segundo ele, "não existe corrupção do PT, do PSDB ou do PMDB". "Existe corrupção", afirmou: "A corrupção é um mal em si e não deve ser politizada". Barroso disse que a sociedade tem cobrado "um choque de decência" em várias áreas. "Por exemplo, acabar com a cultura de cobrar com nota ou sem nota. Não levar o cachorro para fazer necessidades na praia. Nas licitações, não fazer combinações ilegítimas com outros participantes", disse.

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