quarta-feira, 17 de julho de 2013

PREFEITO DE CAXIAS DO SUL COM INTENÇÃO DE PRIVATIZAR O LIXO DA CIDADE

Todo o serviço de limpeza pública de Caxias do Sul, cidade localizada na Serra gaúcha, é realizado por uma autarquia da prefeitura, desde a coleta até a destinação final, em aterro próprio. Está provado que este é o sistema mais eficaz e mais barato para as administrações públicas, como acontece em Florianópolis e no Rio de Janeiro (as duas cidades só não têm aterro próprio, terceirizando esta atividade para empreendimentos localizados fora do município). Pois bem, a partir desta quinta-feira, e até o dia 30 de julho, o prefeito de Caxias do Sul, Alceu Barbosa Velho (PDT), estará em viagem internacional. Ele vai à Coréia do Sul, a convite de empresas coreanas que têm usinas de queima de lixo para geração de energia elétrica. Esta solução elimina duas partes (e contratos) da operação de destinação final do lixo, o transporte e o aterro. Também em Porto Alegre o prefeito José Fortunati (PDT) pretende instalar uma usina para queima de lixo e geração de energia elétrica. Ele até já emitiu decreto para declaração de utilidade pública de área com o objetivo de instalação da usina nesse local, onde hoje está instalado o lixão da Zona Norte, na cabeceira do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Nessa área estão enterradas cerca de 15 milhões de toneladas de lixo, que podem servir de insumo para queima na usina, além das cerca de 1.300 toneladas diárias de lixo produzidas na cidade. Como Caxias do Sul não tem lixo suficiente para uma instalação de queima de lixo rentável, o empreendimento deverá receber também os lixos das cidades do entorno. Caxias do Sul se transformaria assim na primeira cidade na América Latina a contar com uma usina para queima de lixo. A administração pública da cidade foi a porta de entrada, também na América Latina, para empresa de coleta conteinerizada do lixo. A grande beneficiada foi e continua a ser a Revita, do Grupo Solvi, que monopoliza a atividade de lixo no Estado do Rio Grande do Sul, sem qualquer iniciativa dos Ministérios Públicos para investigar esta situação, que é proibida legalmente.

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