quarta-feira, 17 de julho de 2013
ECONOMISTA DA FGV DIZ QUE MANIFESTAÇÕES INFLUENCIARAM NO CRESCIMENTO DA ECONOMIA
As manifestações que tomaram as duras do País nas últimas semanas refletiram no crescimento menor da economia em junho. A avaliação foi feita pelo economista Paulo Piccheti, da Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou nesta quarta-feira o Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace). O índice caiu 0,6%, depois de uma redução de 1,2% em maio e de estabilidade em abril. De acordo com Piccheti, o impacto das manifestações foi sentido principalmente pelos serviços e pela indústria, segundo dados preliminares. "Vai desde o comércio, que não pôde funcionar o tempo todo, até interrupções da cadeia logística de supimentos para indústria devido aos bloqueios de estradas, por exemplo". Como os protestos ocorreram no final do mês, o impacto maior sobre a economia pode se destacar "de forma integral" no indicador do mês de julho, acrescentou o economista. Para Piccheti, mesmo com uma contribuição negativa para a economia, no curto prazo, como mostra o Iace, as manifestações sinalizam para mudanças estruturais necessárias ao crescimento sustentado do País. "A esperança é que, no longo prazo, tenhamos um efeito positivo, no sentido de acelerar esse conjunto de medidas difíceis [reforma política e tributária e flexibilização de regras trabalhistas] e que passam pelo lado político para destravar o ambiente de negócios e restaurar a confiança dos investidores", destacou Paulo Piccheti. Dos oito índices que compõem o Iace, três tiveram resultados positivos em junho: a sondagem de expectativas da indústria, dos serviços e de exportações. Já em maio, a queda da atividade industrial foi a responsável pelo recuo do indicador, por causa diminuição do desempenho de bens de consumo duráveis.
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