segunda-feira, 15 de julho de 2013
CSN E THYSSEN CHEGAM A ACORDO ENVOLVENDO A CSA
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a ThyssenKrupp chegaram a um acordo sobre a venda da fatia do grupo alemão na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). O negócio foi alinhavado em reunião no último fim de semana. Para sair do papel, o acordo depende do aval da Vale, sócia do grupo alemão na companhia com uma participação acionária de 27%, e do BNDES, principal credor da CSA. No acordo, a Thyssen permaneceria com uma participação pequena na CSA, mas o porcentual não foi revelado. A siderúrgica do empresário Benjamin Steinbruch ficaria com dois terços do controle. Em maio, a CSN fez uma oferta de cerca de 2,5 bilhões de dólares ao grupo alemão ThyssenKrupp para ficar com uma laminadora de aço nos Estados Unidos e com um pedaço da CSA, no Rio de Janeiro. A Thyssen negocia a venda da fatia na CSA desde o ano passado devido a dificuldades financeiras. O negócio deverá ser divulgado nos próximos dias, após ser submetido à aprovação da Vale, que tem contrato de exclusividade com a CSA no fornecimento de minério de ferro. Desde que a Thyssen declarou interesse em comercializar sua participação na empresa, executivos da Vale têm ressaltado que o objetivo da mineradora no processo era garantir a manutenção dos seus direitos comerciais. A Vale cobra uma indenização de 300 milhões de reais do grupo alemão, a quem responsabiliza por graves falhas no comando da CSA. Para a mineradora, os erros do sócio alemão oneraram a operação com custos adicionais de mais de 1,1 bilhão de reais na compra de energia, matéria-prima e investimentos corretivos. Segundo fontes, a indenização pleiteada pela Vale corresponde à sua participação de 27% na siderúrgica. Para cobrir totalmente a perda bilionária, a mineradora quer também que a Thyssen reembolse a CSA com mais 800 milhões de reais. Como a siderúrgica deve mais de 2 bilhões ao grupo alemão, a mineradora entende que a Thyssen deveria cancelar parte do débito e deixar os recursos na CSA como compensação pelas perdas supostamente provocadas por falhas de gestão.
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