A
capacidade eólica brasileira instalada em seus 108 parques alcançou 2,5
gigawatts (GW) no ano de 2012, o que representou um crescimento de 73% em
relação a 2011, segundo o balanço anual divulgado nesta segunda-feira pela
Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Com isso, esse tipo de
energia respondeu, no ano passado, por 2% da matriz elétrica do País. Do total,
o equivalente a 1,3 GW é resultado de incentivos do Programa de Incentivo às
Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), primeira fase de implantação
da energia no País; e 1,2 GW compõe o Leilão de Reserva (LER 2009), que
corresponde a uma segunda fase. Segundo a Abeeólica, 622 megawatts (MW) que
fazem parte da segunda fase estão fora de operação, sem linha de transmissão,
em dois parques localizados no Rio Grande do Norte e dois na Bahia. Em média,
7,5 milhões de brasileiros receberam, por mês, a energia gerada pela fonte
eólica em 2012. Essa média considera residências de famílias com três
moradores. Até o final deste ano, a expectativa da Abeeólica é que a capacidade
instalada em todo o País chegue a 6,05 GW, alcançando até 2017 os 8,8 GW. O
Fator de Capacidade (FC) da fonte eólica em 2012, que é a proporção entre a
geração efetiva das usinas e a sua capacidade total, foi 33% na média. Entre as
usinas de primeira fase, a média foi 27%, enquanto na segunda fase, o
percentual subiu para 54%. A presidente executiva da Abeeólica, Elbia Melo,
disse que fatores como o avanço tecnológico dos aerogeradores, o modelo de
leilão competitivo e o melhor entendimento do Brasil sobre aproveitamento dos
ventos foram as principais razões para o
aumento do desempenho das usinas de segunda fase. Enquanto os primeiros parques
eólicos utilizam aerogeradores de 600 quilowatts (kW) e têm 48 metros de
altura, os mais novos usam equipamentos com potência de 3 MW e altura de 100
metros. A geração realizada pelos parques eólicos bateu recorde histórico em
outubro, chegando a 771 MW em média.
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