José Serra, ex-governador de São Paulo, pode se preparar para a
artilharia petista. Ele participou, nesta sexta, do seminário “A esquerda que
pensa o Brasil”, promovido pelo PPS. Ontem, quem falou no mesmo evento foi os
senador Aécio Neves (PSDB-MG). Serra bateu firme no governo Dilma e, à
diferença de algumas análises que andam por aí (inclusive no PSDB), ele não o
coloca em contradição com a herança lulista; ao contrário: vê os desacertos da
economia sob a gestão Dilma como desdobramentos lógicos de opções feitas antes.
E eu acho que ele está correto. Haver diferenças de operação aqui e ali não
significa mudança de rumo. O tucano afirmou que o governo está no chão e
que a eventual reeleição de Dilma implica descer além desse limite. Afirmou
também que Lula merece entrar para o Guinness Book por três motivos. Leiam o
que informa Erich Decat, na Folha:
O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) defendeu nesta
sexta-feira a união das forças de oposição ao governo Dilma Rousseff e declarou
que trabalhará por essa unidade na disputa presidencial de 2014. “Eu vou
trabalhar para que essas forças estejam agrupadas”, disse. “Se será em torno de
um ou mais candidatos, é uma decisão para depois”, referindo-se a uma possível
candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), além de Aécio
Neves (PSDB), o nome mais cotado para representar os tucanos. Serra afirmou que vai apoiar a candidatura de Aécio Neves à
presidência do PSDB. “Claro que apoiarei”, afirmou. Sobre a candidatura do
mineiro para a Presidência da República, entretanto, disse apenas que era “um
bom nome”. Questionado se poderá voltar a concorrer em 2014, o tucano negou a
possibilidade. “Não disse isso. Disse que estou à disposição para o trabalho de
união e acho que tenho credencial para isso”, disse Serra, que foi derrotado na
eleição passada para presidente pela petista Dilma Rousseff. Em uma
referência velada ao governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo
Campos, Serra considerou que uma das melhores estratégias da oposição para
vencer Dilma no próximo ano é atrair integrantes da base aliada. “Para
ganhar eleição, somar, ter um movimento vitorioso, nós precisamos trazer gente
que está no outro lado. Isso é essencial”, afirmou o tucano, que também
defendeu que a hipótese de múltiplas candidaturas é a mais plausível para se
vencer no próximo ano.
Herança
Ainda em clima de campanha, Serra disparou críticas contra a condução do governo Dilma, que, segundo ele, deixará uma das heranças mais adversas já vivenciadas no País. “Vamos encontrar um País no chão. Essa é a realidade. Imaginem se tem a reeleição de Dilma, ai realmente vai ser abaixo do nível do chão”, ironizou. “Foi torrada toda a bonança externa que o Brasil teve no período Lula. Foi torrada em desperdício, em consumo, à custa, alias, da própria produção nacional”, acrescentou. Serra também fez críticas ao ex-presidente Lula ao afirmar que o petista poderia ser incluído no Guinness Book, o livro dos recordes. “Por três motivos: ele tem origem operária, mas trouxe a desindustrialização, acabou com a indústria; defendia o nacionalismo, mas acabou com a Petrobras; e, num momento de bonança externa, provocou a estagnação da economia no Brasil”, resumiu. Por Reinaldo Azevedo
Ainda em clima de campanha, Serra disparou críticas contra a condução do governo Dilma, que, segundo ele, deixará uma das heranças mais adversas já vivenciadas no País. “Vamos encontrar um País no chão. Essa é a realidade. Imaginem se tem a reeleição de Dilma, ai realmente vai ser abaixo do nível do chão”, ironizou. “Foi torrada toda a bonança externa que o Brasil teve no período Lula. Foi torrada em desperdício, em consumo, à custa, alias, da própria produção nacional”, acrescentou. Serra também fez críticas ao ex-presidente Lula ao afirmar que o petista poderia ser incluído no Guinness Book, o livro dos recordes. “Por três motivos: ele tem origem operária, mas trouxe a desindustrialização, acabou com a indústria; defendia o nacionalismo, mas acabou com a Petrobras; e, num momento de bonança externa, provocou a estagnação da economia no Brasil”, resumiu. Por Reinaldo Azevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário