domingo, 20 de janeiro de 2013

Uma pesquisa devastadora para Alckmin, o bondoso, o magnânimo, o anjo tucano


Sempre disposto a não enfrentar o governo federal, com ele colaborando diturnamente como se isso lhe rendesse um mísero voto da esquerda, Geraldo Alckmin vê seu capital político se esvair, comprometendo a reeleição. A última de Alckmin foi não aumentar o bilhete do Metrô, para ajudar Mantega a conter a inflação. Passou a dividir, publicamente, volta da escalada de preços com o PT. Um desastre. Um tiro no pé. Não exigiu nada em troca. Não fez um só pronunciamento político alertando e aconselhando o governo. O que custaria ao governador fazer um pronunciamento informando que a iniciativa era sua? Será que não viu o que Dilma fez com a conta de luz, jogando a culpa nele e em Aécio Neves de que a conta de luz não baixaria? Até quando vamos ter que conviver com tamanha falta de disposição a fazer oposição? VOU VOTAR NUM TUCANO POR QUÊ?  Agora sai a pesquisa sobre segurança na cidade de São Paulo, jogando o problema no colo do governador. A campanha do PT em 2014 apenas vai oferecer "um Rio de Janeiro em São Paulo". Vejam abaixo: A onda de assassinatos nos últimos meses de 2012 causou forte impacto na percepção sobre a segurança na cidade de São Paulo. Segundo a 4ª pesquisa dos Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (IRBEM), divulgada ontem pelo Ibope, 45% dos paulistanos se consideram "nada seguros", contra 35% em 2011. É o maior percentual da série, que teve início em 2008. Outros 46% disseram se sentir "pouco seguros" na cidade - contra 54% em 2011. Apenas 9% afirmaram estar "seguros" - há dois anos, eram 10%, mais 1% que se dizia "muito seguro", alternativa que não pontuou este ano. A pesquisa foi feita com 1.512 moradores da capital paulista entre 24 de novembro e 8 de dezembro de 2012. Na avaliação da diretora do Ibope, Márcia Cavallari, é nítida sensação de insegurança, "visto que nove em cada 10 paulistanos afirmam que São Paulo é um lugar pouco ou nada seguro para se viver". O problema na capital paulista pode trazer prejuízos para uma provável candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que já está desgastado com a onda de criminalidade que levou a troca do secretário de Segurança Pública no fim do ano. A violência em geral foi o item mais citado sobre o que as pessoas têm mais medo no dia a dia na cidade. Foi lembrada por 71% dos entrevistados, ante 67% das respostas em 2011. Em seguida, o que causa mais medo nos paulistanos são os assaltos e roubos (63%), sair à noite (41%) e o tráfico de drogas (40%). O aumento dos arrastões em bares e restaurantes levou a população da capital paulista a temer mais o período noturno. Em 2011, o número de entrevistados que diziam ter como maior preocupação sair à noite era de 20%. No fim de 2012, quando foi feita a pesquisa mais recente, esse percentual mais do que dobrou: foi a 41%. Para os paulistanos, a ação mais importante para reduzir a criminalidade é combater a corrupção na polícia e nos presídios - resposta de 42% dos entrevistados. Depois, aparece a criação de oportunidades de trabalho para jovens de baixa renda (31%), o aumento no número de policiais nas rua (28%), investimentos em educação de qualidade para jovens de baixa renda (27%) e diminuir a desigualdade entre as regiões ricas e pobre (25%). O entrevistado podia dar múltiplas respostas. A pesquisa, que pode ser conferida no site da entidade petista Rede Nossa São Paulo, associação que reúne mais de 100 entidades civis e que é parceria do Ibope no questionário, aponta também uma piora na satisfação do paulistano com a cidade. Os moradores deram nota geral de 4,7, de um máximo de 10, para os aspectos que geram o bem-estar no município. Foi uma ligeira queda em relação a 2011, quando a pontuação foi de 4,8. Para o Ibope, a média seria 5,5.

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