quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ministro Brizola Neto inicia movimento para tirar Carlos Lupi do BNDES


Demitido em dezembro de 2011 do Ministério do Trabalho e Emprego, o presidente do PDT, Carlos Lupi, não foi em 2012 a nenhuma reunião do Conselho de Administração do BNDES, que ainda integra, mas recebeu a remuneração pela "participação" até setembro. Os pagamentos, de R$ 6 mil mensais, são trimestrais, o que garantiu ao ex-ministro R$ 54 mil pelos três primeiros trimestres do ano passado. Nesta quinta-feira, o ministro do Trabalho, Brizola Neto, iniciou nova tentativa de tirar do cargo seu antecessor e adversário político, sinalizando que fará nova indicação para o cargo. O nome mais cotado para substituir o ex-ministro na instituição é o de outro pedetista, o ex-prefeito de Maceió e ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa. O nome do candidato a conselheiro deve ser enviado ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, para encaminhamento à presidente Dilma Rousseff, que tem o poder de efetivá-lo. Um primeiro ofício pedindo a substituição de Lupi fora enviado pelo secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Carlos Sasse, ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, em 18 de junho de 2012. O Ministério do Trabalho tem direito a uma vaga no Conselho, tradicionalmente ocupada pelo próprio titular da pasta. Não houve, porém, troca até esta quinta-feira, e Lupi ficou no posto. A nova denúncia contra Lupi surge em meio à disputa pelo controle do PDT. O ministro Brizola Neto, nomeado para o cargo no meio de 2012, e seu grupo político, tentam tomar a máquina partidária ainda controlada pelo ex-ministro, que foi um dos auxiliares mais próximos do fundador da legenda, Leonel Brizola, morto em 2004. Lupi, segundo adversários, usou o ministério para reforçar, com cargos e verbas, seu controle sobre a agremiação. Com 26 deputados e quatro senadores, o PDT integra a base governista.

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