terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Acuado pelas denúncias do Mensalão, Lula reúne governo Dilma e diz que desiste de 2014; não acredite nisso
O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, classificou como "especulação" a possibilidade de o ex-presidente voltar a se candidatar ao Palácio do Planalto em 2014. "A candidata nossa em 2014 chama-se Dilma Rousseff", disse ele, na manhã desta segunda, ao chegar ao seminário "Caminhos Progressistas para o Desenvolvimento", promovido pelo instituto para discutir a integração da América Latina. Esse seminário, com a presença de mininstros e outras autoridades do governo Dilma, foi realizado justamente com o objetivo de mostrar ao País que, quem efetivamente manda no governo, é Lula. E que ele será candidato, não hora em que desejar, e o partido o consagrará, deixando Dilma de lado. "Vamos trabalhar por sua reeleição, para que a gente continue fazendo esse governo extraordinário, que tem dificuldades, mas pode fazer muita coisa pelo Brasil", disse o sindicaleiro Okamoto, pagador de contas de Lula. Okamoto afirmou que qualquer discussão sobre a sucessão presidencial em 2013, "antes do Carnaval", é "mera especulação e não contribui em nada para a gente entender o que está acontecendo com o Brasil". Lula fez a fala de abertura do encontro, que não pôde ser acompanhado pela imprensa, em um hotel na zona sul de São Paulo. Entre os participantes estiveram integrantes do governo Dilma, como o ministro da Defesa, Celso Amorim, o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, o clone de chanceler Marco Aurélio "Top Top" Garcia, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Okamotto disse considerar natural que participantes da administração federal se reúnam com o ex-presidente: "O Lula nunca deixou de fazer isso. Ele sempre está debatendo, tentando construir política". Entenderam? Lula, ameaçado pelas investigações do Mensalão do PT, decidiu que sua única chance de escapar desse perigo é obtendo um mandato.
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