domingo, 12 de agosto de 2012
Curiosity envia imagem panorâmica em cores de Marte
O jipe-robô da Nasa, Curiosity, enviou uma primeira imagem panorâmica em cores de Marte. O robô está no planeta vermelho desde a última segunda-feira, em uma missão em busca de evidências de vida. As imagens foram captadas pela Mastcam e recebidas no laboratório da Nasa em Pasadena, Califórnia. São 130 miniaturas em baixa resolução que fornecem aos cientistas e engenheiros da Nasa informações sobre o horizonte da cratera Gale, onde está o Curiosity. As imagens apresentadas neste panorama foram clareadas porque Marte é mais escuro que a Terra. O planeta vermelho recebe só metade da luz que nós recebemos do Sol. Agora, os cientistas vão analisar as várias manchas cinza que aparecem em primeiro plano na panorâmica. Estas áreas mostram os efeitos dos motores propulsores do foguete, usados para amenizar o impacto da descida do Curiosity. Segundo a Nasa, as imagens em cores também revelam tons adicionais de marrom avermelhado em torno das dunas, provavelmente indicando diferentes texturas ou materiais. A câmera tem potencial de enviar imagens até oito vezes mais nítidas que essas, segundo Mike Malin, pesquisador da Nasa envolvido nos projetos das câmeras espaciais. “É importante entender o contexto geológico em torno de Curiosity”, disse Dawn Sumner, da Universidade da Califórnia, membro da equipa científica do Curiosity: “Com isso podemos escolher a melhor rota para o Monte Sharp, permitindo observações científicas importantes ao longo do caminho". O projeto de mapeamento de Marte dividiu a área da cratera Gale em 151 pátios de 2,6 quilômetros quadrados cada. Curiosity está no quadrilátero chamado Yellowknife. Uma descoberta recente publicada no periódico científico Lithosphere por cientistas da Ucla (Universidade da Califórnia) poderá ajudar nas missões em Marte. De acordo com o artigo, pela primeira vez foram detectadas evidências de placas tectônicas em Marte. Até então, os cientistas acreditavam que essa formação só ocorria na Terra. Os pesquisadores da Ucla usaram dados de duas sondas da Nasa: a Themis e a Hirise, em órbita ao redor de Marte. Foram analisadas 100 imagens de satélite e aproximadamente 10% delas apresentavam indícios de placas tectônicas. A superfície de Marte contém os maiores e mais profundos cânions do nosso Sistema Solar, chamados de Valles Marineris.
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