terça-feira, 31 de julho de 2012
Ex-mulher de Cachoeira entra com pedido para ficar calada na CPI
A ex-mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andréa Aprígio, pode ficar calada durante seu depoimento na CPI do Cachoeira, marcado para o dia 8 de agosto. A defesa de Andréa entrou com pedido de habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal para garantir seu direito constitucional de ficar em silêncio na oitiva da comissão que investiga as atividades de seu ex-marido. Os advogados também pedem que ela não seja obrigada a assinar termo de compromisso de dizer a verdade e quer o direito de Andréa de não se autoincriminar, de ser assistida por seus advogados e, principalmente, de não ser presa ou processada por desobediência ou falso testemunho. A relatora do habeas-corpus é a ministra Rosa Weber. No pedido, a defesa alega que Andréa Aprígio foi convocada mediante intimação deixada na portaria do prédio onde reside no momento em que ela estava em viagem. Além disso, os advogados sustentam que o documento indica que ela será ouvida como testemunha, quando, na verdade, ela é investigada em operação da Polícia Federal que deu origem à CPI. Segundo a defesa, por ser investigada, Andréa teve suas contas bancárias bloqueadas, além do sequestro dos bens imóveis e a apreensão do seu veículo. Além de Andréa Aprígio, há um depoente com pedido semelhante e outro com decisão favorável do Supremo. Apontado como contador da organização criminosa de Carlinhos Cachoeira, Rubmaier Ferreira de Carvalho também entrou com habeas-corpus. Ele é suspeito de ser o responsável pela abertura de empresas que seriam usadas como fachada por Cachoeira para lavar dinheiro e quer exercer o direito constitucional de permanecer em silêncio durante o depoimento, também previsto para o dia 8. Outro depoente convocado para a próxima semana, o policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto, já garantiu o direito de não falar para não se autoincriminar na CPI. Considerado um dos arapongas do grupo, ele já havia sido convocado no início de julho, quando conseguiu a decisão favorável, mas apresentou atestado médico à comissão. O depoimento dele está marcado para o dia 7 de agosto. Até agora, não foi impetrado pedido por parte da atual mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, convocada para falar no dia 7.
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