domingo, 29 de abril de 2012

Conselho da Petrobras finaliza troca de nomes na diretoria da estatal

Controlado pela União, o Conselho de Administração da Petrobas anunciou a mudança de dois diretores da companhia --Engenharia e Abastecimento-- numa vitória da nova presidente da Petrobras, Graça Foster, que conseguiu a nomeação de nomes de técnicos de carreira e de sua confiança. Para o lugar de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento, foi nomeado José Carlos Cosenza, que hoje é gerente-execuitivo da diretoria, o segundo na hierarquia. Engenheiro químico, está há 36 anos na estatal. Já ocupou gerências (segundo escalão, abaixo de diretores) nas áreas no Brasil e no Exterior. Trata-se da segunda diretoria mais importe da estatal. Sua nomeação também teve como objetivo "afagar" Costa - e o PMDB a quem o ex-diretor é ligado. Sua saída foi atribuída ao descontentamento da presidente Dilma com atrasos na construção de imporantes projetos, como a refinaria de Pernambuco e a o Comperj (refinaria-petroquímica no Rio e Janeiro). Outra mudança foi na diretoria de Engenharia, Tecnologia e Materiais, responsável pela elaboração de projetos e grandes licitações. Saiu Renato Duque e o escolhido foi Richard Olm, atualmente gerente-executivo da diretoria de Exploração e Produção e muito ligado a Graça. Ambos superam nomes mais cotados para os cargos nos últimos dias. Para o Abastecimento, os preferidos eram Carlos Thadeu Fraga, responsável pelo Cenpes (centro de pesquisa) e Nilo Vieira, presidente do Comperj, para o Abastecimento. Na Engenharia, Duque, que é vinculado ao PT e a ao ex-ministro José Dirceu, indicou Roberto Gonçalves, seu "número dois". Duque conta com a simpatia de Dilma, mas já havia pedido para sair há mais de um ano. A nomeação de Olm foi uma tentativa de escolher tirar o viés político da indicação e atender à demanda de Graça Foster. Por falta de consenso para um substituto, foi postergada a saída do diretor internacional Jorge Zelada.

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