quinta-feira, 22 de março de 2012
Prévia da inflação oficial, IPCA-15 desacelera em fevereiro, diz IBGE
A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desacelerou para 0,25% em março, ante 0,53% em fevereiro. Este é o terceiro mês de perda do ritmo dos preços. O IPCA-15 é a prévia da inflação oficial, o IPCA, e foi divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE. Nos últimos 12 meses, o índice variou 5,61%, também abaixo dos 12 meses anteriores (5,98%). Em março de 2011, a taxa havia ficado em 0,60%. No primeiro trimestre, mensurado pelo IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de janeiro, fevereiro e março) a inflação registrou alta de 1,44%, bem abaixo do resultado de igual período de 2011 (2,35%). Em março, foi verificada uma forte redução dos efeitos da alta sazonal do grupo educação --que concentra os reajustes de mensalidade e material escolar nos dois primeiros meses do ano. A retirada da pressão do grupo o levou a desacelerar fortemente para 0,51% em março, ante os 5,66% registrados em fevereiro. Os preços dos alimentos também tiveram trajetória descendente, passando de 0,29%, em fevereiro, para 0,22%, em março. O item carnes apresentou queda de 1,57%. Além das carnes, outros alimentos se mostraram em queda, com destaque para o tomate (de -3,82% para -16,33%), açúcar cristal (de -1,82% para -2,57%), açúcar refinado (de -2,72% para -2,35%) e queijo (de 0,57% % para -0,85%). As altas neste grupo foram registradas na cebola (de 1,13% para 15,36%) e do feijão preto (de 9,76% para 7,68%), além das frutas (de 0,58% para 4,70%). Os grupos artigos de residência (caíram de 0,22% para -0,31%) e comunicação (de 0,03% para -0,49%), ambos com resultados em queda, também contribuíram de forma significativa para a desaceleração do IPCA-15 do mês, assim como o grupo despesas pessoais (de 1,07% para 0,60%), que mostrou alta menor do que em fevereiro. O grupo habitação (de 0,48% para 0,44%) desacelerou devido a taxa do aluguel residencial (de 1,20% para 0,45%) e do condomínio (de 0,68% para 0,48%). Já os grupos vestuário (de -0,33% para 0,16%) e transportes (de -0,05% para 0,11%) ficaram mais elevados do que no mês anterior, enquanto saúde e cuidados pessoais (de 0,53% para 0,54%) se manteve muito próximo. Nos transportes, entre os itens que contribuíram para a elevação do grupo de um mês para o outro, destacam-se as passagens aéreas (de -8,83% para 1,35%), gasolina (de -0,30% para -0,18%), etanol (de -2,38% para -1,48%) e automóvel novo (de -0,45% para -0,04%). Nos artigos de vestuário a elevação é atribuída ao início da entrada da nova estação.
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