quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Príncipe William viaja às Ilhas Falklands
O príncipe William, neto da rainha Elizabeth 2ª da Inglaterra, iniciou nesta quarta-feira uma viagem às Ilhas Falklands em meio a tensão entre o Reino Unido e a Argentina pela soberania dessas ilhas do Atlântico Sul. O duque de Cambridge viajou em um avião da RAF (Força Real Aérea), que levará 18 horas para chegar às ilhas após uma breve escala na ilha britânica de Ascensão, no Atlântico. Segundo na linha de sucessão ao trono britânico, o príncipe vai desembarcar na base aérea de Mount Pleasant e começar imediatamente a trabalhar em um dos dois helicópteros de resgate disponíveis. Sobre a presença do príncipe nas Ilhas Falklands, um porta-voz do Ministério de Defesa britânico disse que o duque é tratado como qualquer outro membro das Forças Armadas, por isso não podia divulgar detalhes da viagem. A presença de William é vista pela Argentina como um ato de provocação, por acontecer meses antes de completar os 30 anos da Guerra das Malvinas, iniciada pelo general bufão Leopoldo Galtieri, o último da linhagem da ditadura militar argentina, que pretendia desse modo envolver toda a nação em seu projeto nacionalisteiro e salvar o regime militar da derrocada. Os militares argentinos invadiram e ocuparam as ilhas em 2 de abril de 1982, e renderam-se miseraverlmente no dia 14 de junho do mesmo ano. A ditadura acabou, mas todos os peronistas e esquerdopatas argentinos aprovaram entusiasticamente aquela operação aventureira. Agora estão se coçando de novo. O Reino Unido anunciou na terça-feira que enviará nos próximos meses às Ilha Falklands um de seus navios de guerra mais modernos, o destróier "HMS Dauntless", Tipo 45. O envio da embarcação coincide com o "aumento do tom" da retórica de Londres e Buenos Aires pela soberania das Ilhas Falklands, reivindicada pela Argentina desde janeiro de 1833. As relações anglo-argentinas passam por um momento de forte tensão, especialmente porque vários países latino-americanos decidiram bloquear a entrada em seus portos de navios com bandeira das ilhas do Atlântico Sul. Em uma cúpula em dezembro em Montevidéu, os países do Mercosul, dominados pelo Foro de São Paulo, concordaram em impedir o acesso das embarcações.
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