quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Grupo fura bloqueio do Exército e se junta a grevistas na Bahia
O reforço no bloqueio feito nesta quarta-feira pelas forças de segurança federais em torno da Assembléia Legislativa da Bahia, em Salvador, não surtiu resultado. Por volta das 20 horas, um grupo de 50 manifestantes, entre grevistas e apoiadores da paralisação da PM baiana, avançou em direção a uma barreira formada por soldados do Exército, numa tentativa de ficar na parte externa do prédio onde estão outros grevistas. Usando o corpo, os soldados tentaram impedir que os manifestantes ultrapassassem o cordão de isolamento, mas uma parte do grupo conseguiu passar. Não houve agressões nem tiros de balas de borracha. Mas foram lançados jatos de gás de pimenta nos manifestantes. Quando os grevistas que estão acampados na porta da Assembleia viram o tumulto, correram em direção ao grupo que tentava ultrapassar a barreira, aos gritos de “Vem, vem”, contra os soldados, que, em seguida, pediram reforço da Polícia do Exército. O tumulto durou cerca de 20 minutos. Antes do evento, o tenente-coronel Márcio Cunha, assessor de comunicação do Exército, negou os rumores de que o general Gonçalves Dias estivesse sendo retirado do comando da operação militar. Os rumores aconteceram em razão de o general não ter aparecido durante o dia no local das operações, após ter autorizado, no dia anterior, a entrada de suprimentos e medicamentos aos grevistas que invadiram a Assembleia. Outro motivo foi a comemoração que o militar fez, na terça-feira, de seu aniversário, quando recebeu um bolo de manifestantes. O clima ficou tenso na manhã desta quarta na área do entorno da Assembleia Legislativa. O Exército mudou a estratégia de atuação e está bloqueando a entrada de mantimentos para os manifestantes que estão acampados no prédio desde a semana passada. O fornecimento de energia também foi cortado.
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