sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Graça Foster mandou Petrobras enterrar máquina de R$ 51 milhões

Maria das Graças Foster foi confirmada nesta quinta-feira presidente da Petrobras após ter enterrado uma máquina de R$ 58 milhões para evitar atrasos no gasoduto Caraguatatuba-Taubaté, previsto para março de 2011. A executiva pediu um desconto e o negócio saiu por R$ 51 milhões. Conhecido como Gastau, o gasoduto era uma obra incluída no PAC (Plano de Aceleração de Crescimento) para levar o gás natural extraído da bacia de Santos (campos de Mexilhão, Uruguá, Tambaú e no Pré-Sal) até Taubaté, transpondo a Serra do Mar por um túnel de 5 km de extensão com saída no município de Paraibuna. Obcecada pelo cumprimento de metas, Graça, como gosta de ser chamada, autorizou o abandono do equipamento, um perfurador de rochas para túneis. De origem italiana, ele entrou no país em regime de comodato para atender a Schahin, responsável pela construção do túnel. Cálculos iniciais da equipe de Graça Foster previam que a retirada da tuneladora após o término da perfuração poderia atrasar o início do escoamento do gás em seis meses. Graça decidiu então autorizar um aditivo contratual permitindo a perfuração de 140 m de túnel, criando uma câmara onde a tuneladora de 130 m de comprimento seria abandonada. Para isso, a Petrobras teve de comprar a máquina. A Petrobras afirmou que o abandono do equipamento evitou prejuízo maior.

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