quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Filho de Tancredo Neves vai à Justiça por laudos médicos do pai
O filho do ex-presidente do Brasil Tancredo Neves, Tancredo Augusto Tolentino Neves, pediu nesta quarta-feira à Justiça que o CFM (Conselho Federal de Medicina) e o CRM (Conselho Regional de Medicina) do Distrito Federal forneçam "todos e quaisquer documentos" que contenham dados sobre a morte do pai. Tancredo Neves morreu no dia 21 de abril de 1985, de septicemia --infecção generalizada--, após mais de um mês internado em estado grave. O então vice-presidente José Sarney assumiu o cargo. Até hoje, as circunstâncias da morte são questionadas por médicos e familiares de Tancredo. O historiador Luís Mir, no livro "O paciente - O caso Tancredo Neves", de 2010, critica os métodos adotados pelos profissionais que atenderam o ex-presidente e afirma que alguns procedimentos não deveriam ter sido realizados. Junto com Mir, os advogados que representam Tancredo Augusto haviam feito pedido administrativo ao CFM, CRM-DF e ao Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) para que fornecessem os documentos relativos ao presidente. Os órgãos se recusaram, alegando violação ao sigilo profissional entre médico e paciente. A partir da negativa, os advogados ajuizaram então, perante a Justiça Federal do Distrito Federal, um "habeas data", ação em que pedem o acesso a todos os documentos, procedimentos e processos relativos a Tancredo que estejam em posse do CFM e CRM-DF. Os advogados afirmaram que pretendem pedir o mesmo na Justiça Federal Paulista, em face do Cremesp, já que parte da internação de Tancredo foi no Hospital das Clínicas, em São Paulo.
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