sábado, 10 de dezembro de 2011
Nota oficial da Polícia Federal desmonta conspirata contra a Polícia de São Paulo
A Polícia Federal viu-se obrigada nesta sexta-feira a lançar uma nota oficial, em consequência das fortes reclamações do governador paulista, Geraldo Alckmin, e de seu secretário de Segurança Pública, em face de matéria divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, envolvendo policiais paulistas com o narcotráfico. A nota da Polícia Federal foi peremptória: "São Paulo - Diante da notícia divulgada no jornal Folha de São Paulo nesta data, “PF acusa policiais de SP de extorsão a traficantes”, a Polícia Federal presta os seguintes esclarecimentos. Deduz-se que a matéria se refere à operação policial deflagrada em 27/10/2011 para combater organização criminosa baseada em São Paulo/SP que atuava no tráfico internacional de drogas. Essa operação decorreu de uma investigação iniciada em 2010, com abrangência em 7 estados da Federação, e resultou, ao longo de um ano e meio, na prisão de 105 pessoas e na apreensão de cerca de 4,3 toneladas de cocaína e 5,2 toneladas de maconha - fato amplamente divulgado pela imprensa. A investigação foi concluída e remetida ao Ministério Público Federal em 7/12/2011 e não identificou policiais civis envolvidos na organização criminosa. Diferentemente do que foi publicado de que “policiais civis não foram presos porque isso alertaria os traficantes”, esclarecemos que os supostos policiais civis não foram identificados. Caso isso ocorresse, todas as medidas legais cabíveis teriam sido tomadas em conjunto com a Delegacia Geral de Polícia e com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Toda vez que uma investigação da PF não consegue apurar indícios de outros crimes envolvendo servidores públicos, as informações são encaminhadas aos órgãos competentes, após autorização da Justiça Federal. Enfatizamos que o inquérito policial está sob segredo de Justiça e que a Polícia Federal se restringirá as informações desta nota. Setor de Comunicação Social / Superintendência da PF em São Paulo". - Eu não vou especular, porque ainda não tenho dados completos, até onde profissionais do jornalismo impresso e de TV foram usados como inocentes úteis nessa história e até onde estavam comprometidos com uma óbvia operação de difamação da Polícia de São Paulo. O Estado que apresenta hoje um dos menores índices de homicídio doloso do Brasil — abaixo de 10 por 100 mil, número que a ONU aponta como de violência não-epidêmica — e em que são evidentes os sinais de eficiência da Polícia está na mira, não é? Há maus policiais incrustados na Polícia Militar e na Polícia Civil? Certamente! E estão sendo combatidos. Mas a ninguém escapa um verdadeiro coro para tentar satanizar essa área no estado, que apresenta resultados históricos. A canalha apela, para tanto, à demagogia e, claro!, ao medo. Afinal, ocorrências traumáticas são sempre notícia e assustam. Mas existem os dados. Tão logo vazou a notícia de que a Polícia Federal tinha a lista de policias corruptos ou envolvidos com o narcotráfico, o governador Geraldo Alckmin ligou para o ministro da Justiça: “Cadê a lista? Eu quero os nomes para poder afastá-los enquanto durar a investigação”. O ministro não tinha nada. Fez o mesmo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Ferreira Pinto: ligou para a chefia da PF: cadê os nomes? Eles não podem continuar na polícia. Não havia nomes. Havia só uma operação de difamação da polícia em curso, mais uma. Coincidência feliz para o PT, não é? Vejam que alinhamento de fatos, mais ou menos como se alinham, de vez em quando, os astros. Num dia, o governo federal lança o seu programa contra o crack; no outro, a Polícia Civil de São Paulo é caracterizada como um covil de narcotraficantes. Cadê os nomes? A menos que a Polícia Federal, de que José Eduardo Cardozo é chefe, tenha decidido mentir, eis o fato: “A investigação foi concluída e remetida ao Ministério Público Federal em 7/12/2011 e não identificou policiais civis envolvidos na organização criminosa. Diferentemente do que foi publicado de que “policiais civis não foram presos porque isso alertaria os traficantes”, esclarecemos que os supostos policiais civis não foram identificados". Tudo bem que a coisa não dure mais de 24 horas. Para o processo de difamação, já basta. O jogo está ficando cada vez mais pesado. E nem entramos ainda em ano eleitoral.
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