sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Garagem da Qualix-Sustentare em Porto Alegre opera ao arrepio da legislação do meio ambiente gaúcho

Moradores do bairro São José (Partenon) já não aguentam mais conviver com a garagem da empresa Qualix-Sustentare, responsável pela coleta do lixo domiciliar urbano, localizada na rua Nove de Junho, 231, em Porto Alegre. Parece a “casa de Irene, tem caminhão de lixo que vem, tem caminhão de lixo que vai”, diz um morador vizinho da garagem. Ela funciona durante as 24 horas. Dia e noite se vê caminhão coletor de lixo trafegando na rua Nove de Junho e avenidas do bairro São José. E se atrasar a coleta de lixo, a trafegabilidade fica ainda mais perigosa, com
 risco para as pessoas que por lá circulam pelas calçadas. Na pressa de coletar lixo, por estarem atrasados nos roteiros diurnos e noturnos, os motoristas dos caminhões criam grande risco de um grave acidente. Ainda mais com a falta de manutenção dos caminhões de lixo da empresa. Logo que assinou o contrato com o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), da prefeitura de Porto Alegre, a empresa Qualix-Sustentare inaugurou a operação da coleta de lixo da capital gaúcha, com a presença do diretor geral da autarquia, coronel brigadiano Mário Moncks, em evento que ocorreu na garage da rua Nove de Junho. Depois de algum tempo, a Qualix-Sustentare alugou na zona norte de Porto Alegre um novo local para usar como garagem dos caminhões de lixo. A mudança para a nova sede, na rua Dona Alzira, eliminou o atrito com os moradores do bairro São José. Lá ficaram por pouco tempo na zona norte da capital. Não
pagaram o aluguel contratual da nova garagem, e antes mesmo que o oficial de Justiça entregasse a “ordem de despejo”, a empresa Qualix-Sustentare retornou às pressas para a garagem da rua Nove de Junho, no bairro São José. O barulho é contínuo, noite e dia. As supostas manutenções dos caminhões de lixo ocorrem no próprio local.  A rampa para troca do óleo mostra que o meio ambiente local está comprometido. O óleo corre no piso. Como tem caminhão de lixo que vem, e tem caminhão de lixo que vai, o cheiro do lixo é insuportável. Há uma frota de veículos no estaleiro (depenados). Os caminhões de lixo que fazem a coleta diurna são os mesmos que coletam no turno da noite. E não dá tempo para a lavagem dos caminhões (uma irregularidade prevista em contrato). O chorume acaba escorrendo pelo pátio da garagem. Se a delegada Elisângela Reghelin, titular da Delegacia do Meio Ambiente gaúcho, e o promotor de Justiça, Daniel Martini, acompanhados de técnicos, promovessem uma vistoria na garagem da Qualix-Sustentare, certamente iriam ficar espantados com o que lá acontece. A
A Qualix-Sustentare não tem Licença Ambiental de Operação para a sua garagem no bairro São José. Como essa empresa não vai mais prestar serviços de coleta de lixo para o DMLU de Porto Alegre, o representante da Qualix-Sustentare alegou problemas financeiros e operacionais para a quebra do contrato. Portanto, o custo do passivo ambiental vai acabar ficando com a prefeitura de Porto Alegre. Por muito menos, o dono de uma empresa em Canoas foi preso por crime ambiental. Derramava óleo no esgoto pluvial. Uma visita da Força Tarefa do Meio Ambiente gaúcho na sede da garagem na rua Nove de Junho certamente iria mudar a situação.

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