terça-feira, 1 de novembro de 2011
IBGE informa que produção industrial teve queda de 2% em setembro
A produção da indústria brasileira caiu 2% em setembro na comparação livre de influências sazonais com agosto. O resultado representa uma acentuação da queda frente ao desempenho de agosto, quando o setor havia registradado recuo de 0,1%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. O resultado mostra uma forte freada da indústria, que sente os efeitos de alta dos juros (processo encerrado em agosto), a menor demanda global diante da crise e a desaceleração do consumo doméstico. A queda de agosto para setembro é a maior desde abril (-2,3%). Desde abril, a indústria perde ritmo, tendência que se acentuou agora com a forte retração de setembro. O patamar de produção em setembro ficou 4% abaixo do pico do setor, registrado em março deste ano. No primeiro trimestre, a indústria cresceu 1,3% na comparação com o trimestre anterior. No segundo trimestre, houve queda de 0,6%. E, agora, no terceiro trimestre a perda se intensificou e ficou em 0,8%. "Há uma clara perda de dinamismo da indústria, que se acerelou no terceiro trimestre, muito por causa da retração de setembro", disse André Macedo, técnico do IBGE. Em relação a setembro de 2010, houve queda de 1,6%. Segundo o IBGE, as categorias com piores desempenhos foram as de bens duráveis (-9%), bens de capital (-5,5%), semi e não duráveis (-1,3%), intermediários (estável); na comparação setembro ante agosto. Já os setores com as quedas mais expressivas, na mesma comparação, foram: fumo (-30,6%), material elétrico e equipamentos de comunicação (-13,6%), veículos automotores (-11%). As altas de destaque ficaram com material de escritório e informática (9,6%) e outros produtos químicos (4,2%).
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