domingo, 16 de outubro de 2011
Um promotor chegado aos holofotes. E um caso vexaminoso de plágio
Maurício Antonio Ribeiro Lopes — o promotor que rejeitou um pedido de moradores de Pinheiros e ainda encaminhou os nomes de alguns deles à polícia, fazendo proselitismo sobre luta de classes — é, vamos dizer assim, uma pessoa controversa. Ficou no pé do então deputado eleito Tiririca (PR-SP) para que este provasse ser alfabetizado. Parece que a notoriedade do palhaço excitou o “legalismo” do então promotor eleitoral - agora ele é da “habitação”. O homem tem opinião sobre tudo. Já se posicionou contra o projeto Nova Luz, opôs-se à construção de um túnel, afirmou que a internação compulsória de moradores de rua viciados em crack é só mais um “higienismo social” e vai por aí. Também protagonizou um rumoroso caso de plágio: nada menos de 38 páginas de sua tese de livre docência da Faculdade de Direito da USP foram, como posso dizer?, chupadas do trabalho de um colega seu. A história é feia. Ribeiro Lopes era também o promotor eleitoral que queria cassar o mandato do prefeito Gilberto Kassab considerando crime eleitoral o que o Tribunal Superior Eleitoral dizia que crime não era. Mas ele achava que sim, ora essa! O promotor Mauricio Antonio Ribeiro Lopes é uma figura conhecida e polêmica no mundo do direito. Entre os vários episódios controversos de sua carreira está a investigação por acusação de plágio de parte de sua tese de livre-docência, aprovada em 1998. O processo aberto na corregedoria do Ministério Público terminou antes de chegar a uma conclusão - foi arquivado porque a eventual falta funcional estaria prescrita. Na apuração de outra falta, o promotor conseguiu anular um procedimento que lhe aplicou pena de suspensão, afirmando, entre outras coisas, que estava em depressão e era incapaz de se autorrepresentar.
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