segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Rio Tinto coloca à venda US$ 8 bilhões em ativos de alumínio
A mineradora global Rio Tinto sinalizou um recuo importante de seu negócio de alumínio nesta segunda-feira, colocando cerca de US$ 8 bilhões em ativos à venda em seis países, apenas quatro anos após a compra da gigante de alumínio Alcan por US$ 38 bilhões. A Rio Tinto informou que planeja vender 13 unidades, incluindo fundições e refinarias de alumina, em um movimento imediatamente interpretado como uma forma de transferir ainda mais recursos para minério de ferro, que hoje representa quase 80% das receitas do grupo. A venda, que deixará o negócio de alumínio remanescente da Rio Tinto centrado principalmente em sua mais rentável operação canadense, foi acordada para ajudar o grupo a mais que dobrar suas margens de ganho com alumínio para 40% até 2015. "O único jeito que eles podem conseguir isso é se livrando de todos esses ativos que nunca poderão ser de classe mundial", disse o analista de recursos Peter Chilton, da Constellation Capital Management. "Nós não temos nenhuma pressa para vender", disse a presidente-executiva da Rio Tinto Alcan, Jacynthe Cote, em teleconferência após o anúncio. A companhia afirmou que irá considerar uma gama de opções para alienar os ativos, o que pode incluir listá-los como uma empresa separada, cisão em uma nova empresa para os acionistas da Rio Tinto ou encontrar compradores para os ativos. Segundo a Rio Tinto, serão vendidos ativos na Austrália, Nova Zelândia, França, Alemanha, Estados Unidos e Grã-Bretanha. O grupo disse ainda que uma nova unidade, a Pacific Aluminium, irá reunir as seis unidades na Austrália e Nova Zelândia a serem colocadas à venda, incluindo a mina de bauxita Austrália Gove e a refinaria de alumina e fundição Tomago e suas fundições na Nova Zelândia. As unidades da mineradora na França, Alemanha, Estados Unidos e Grã-Bretanha a serem alienadas continuarão a ser geridas pela canadense Rio Tinto Alcan.
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