terça-feira, 18 de outubro de 2011
Procuradoria vai investigar acusações contra comunista Orlando Silva
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira que irá investigar as acusações feitas pelo policial militar João Dias Ferreiras sobre suposta participação do ministro comunista Orlando Silva (Esporte) em esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, na qual teria, inclusive, recebido propina nas dependências do ministério. Segundo Gurgel, as acusações de Dias correspondem "sem dúvida nenhuma à prática de crime". "O que se alega, naquela pessoa que prestou as informações, teríamos, sem dúvida nenhuma, a prática de crime. Agora é preciso verificar se isso é verdade ou não, se procede ou não. O ministro nega peremptoriamente, mas os fatos, em tese, constituem, sim, crime", disse ele. Roberto Gurgel afirmou que a investigação levará em conta o pedido do próprio Orlando Silva, assim como as duas representações enviadas por partidos de oposição contra ele. Roberto Gurgel também disse que as investigações serão conduzidas com "o cuidado devido": "O tempo do Ministério Público e do Judiciário, pelas cautelas que deve envolver uma investigação, é mais dilatado que o tempo da imprensa. Ele não tem a rapidez que talvez fosse desejada por outros setores, mas temos que fazer as investigações com o cuidado devido". João Dias disse à revista "Veja" que o esquema pode ter desviado mais de R$ 40 milhões nos últimos oito anos. O dinheiro deveria ser usado para comprar material esportivo e alimentar crianças carentes, mas teria sido desviado para o caixa eleitoral do PCdoB, partido do ministro. Dias também afirmou que Orlando Silva teria proposto um acordo, em março de 2008, para que não levasse a órgãos de controle e à imprensa denúncia sobre as irregularidades. O ministro, porém, nega as acusações contra ele. Dois integrantes de um suposto esquema de desvio de recursos do Ministério do Esporte acusam o comunista Orlando Silva de participação direta nas fraudes, segundo reportagem publicada pela revista "Veja". O soldado João Dias Ferreira, da Polícia Militar do Distrito Federal, e seu funcionário Célio Soares Pereira, disseram à revista "Veja" que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministério.
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