quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Policial fornece nome de entidades de esquema a parlamentares da oposição delator

O policial militar João Dias Ferreira apontou na terça-feira nomes de organizações não governamentais (ONGs) e empresas que teriam desviado recursos do Ministério do Esporte para os cofres do PCdoB, o partido do ministro Orlando Silva. Em conversa a portas fechadas com deputados e senadores de oposição, o policial citou três empresas, HP, Infinita e Linha Direta, que seriam “indicadas” pelo “pessoal do ministério”. Elas forneciam notas fiscais supostamente frias para entidades que tinham contratos com a pasta do Esporte. Ele também deu nomes de quatro entidades que teriam praticado irregularidades ao participar do programa Segundo Tempo, que desenvolve atividades esportivas em comunidades carentes. São elas a Fundação Toni Matos, o Centro Comunitário Imaculada Conceição, a Liga de Futebol Society do Distrito Federal e o Instituto Novo Horizonte. Elas teriam recebido quantias de R$ 600 mil a R$ 3 milhões do ministério. Ferreira afirmou que, em 2008, as quatro entidades repassaram R$ 1 milhão para o motorista Célio Soares Pereira, que hoje trabalha com Ferreira. O motorista, segundo a revista “Veja”, disse ter entregue esse dinheiro pessoalmente a Orlando Silva, em encontro na garagem do ministério. João Dias Ferreira afirmou aos congressistas que o R$ 1 milhão seria dividido da seguinte forma: metade para o PCdoB e metade para o rateio entre os participantes do esquema.

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