sábado, 1 de outubro de 2011
Irã "rejeita totalmente" proposta de inclusão palestina na ONU
O líder supremo do Irã rejeitou neste sábado o pedido de inclusão da Palestina na ONU. Para ele, qualquer acordo que aceite a existência do Estado de Israel deixará um "tumor cancerígeno" que ameaçará a segurança do Oriente Médio. O aiatolá Ali Khamenei ameaçou o Estado judaico e seus aliados de "golpes paralisantes" que o escudo antimísseis da Otan, a aliança militar do Ocidente, não poderá impedir. "Qualquer plano que procure dividir os Palestinos é totalmente rejeitado", afirmou Khamenei. "O cenário de dois Estados, que foi camuflado na autoigualdade da aceitação do governo palestino e da entrada nas Nações Unidas, não é nada mais do que a capitulação das exigências dos sionistas ou o reconhecimento do regime sionista na terra palestina". Os Estados Unidos, aliados de Israel, prometeram vetar o pedido palestino de se tornar membro total da ONU, que está sendo discutido por um painel do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O discurso de Khamenei salienta o apoio do Irã a grupos que se opõem a Israel, incluindo a organização terrorista islâmica Hamas, que controla a faixa de Gaza, e rejeitou a proposta apresentada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, classificando-a como uma "imploração" por status de nação. O clérigo nazista islâmico também procurou vender a imagem de que o Irã é o maior defensor da causa palestina, criticando outros países da região que têm laços estreitos com Washington. Dois deles, Egito e Jordânia, reconheceram a existência do Estado de Israel. "Governos que abrigam embaixadas ou escritórios econômicos sionistas não podem advogar em apoio à Palestina", afirmou, em comentários direcionados inclusive para o Egito pós-Mubarak. Teerã tenta restabelecer os laços com os egípcios, cortados desde 1979.
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