terça-feira, 18 de outubro de 2011
Falta de testemunha causa briga e adia júri de acusados de milícia
Foi adiado para fevereiro de 2012 o julgamento de quatro acusados de integrar a milícia "Liga da Justiça", que atua na zona oeste do Rio de Janeiro. O julgamento ocorreria nesta terça-feira, mas foi adiado após um desentendimento entre a juíza Elizabeth Machado Louro e a defensora Bernardett de Lourdes da Cruz Rodrigues. Os réus são os irmãos Natalino Guimarães e Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, ex-deputado estadual e ex-vereador, respectivamente; Luciano Guinâncio Guimarães (filho de Jerônimo) e Leandro Paixão Viegas. Eles são acusados de tentar matar o cobrador de van Marcelo Eduardo dos Santos Lopes, em 2005. Segundo a acusação, o crime teria ocorrido porque o grupo pretendia controlar as linhas de transporte alternativo da região. Os quatro estavam presos na penitenciária federal de Campo Grande e chegaram ao Rio de Janeiro na segunda-feira, para o julgamento. Doze agentes penitenciários federais fizeram a escolta dos acusados. O ex-policial militar Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, também é acusado de envolvimento na tentativa de assassinato, mas seus advogados conseguiram com que o processo fosse desmembrado, e ele será julgado separado dos demais acusados. A discussão entre a juíza e a defensora ocorreu devido à ausência de duas testemunhas, uma delas o secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem. A defesa, que havia arrolado a testemunha, então, pediu o adiamento, mas a juíza não acatou o pedido. "O advogado de Rodrigo Bethlem veio aqui, tomou ciência e afirmou que ele não sabe nada e que não viu nada", afirmou a juíza. "As testemunhas nada acrescentariam, por isso ia indeferir o pedido de adiamento do Ministério Público", completou ela. A juíza e a defensora discutiram no plenário.
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