sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Delegado é afastado por não ter investigado sumiço de jovem em São Paulo

A negligência no atendimento à família do metalúrgico Renan Fogaça Alípio, de 22 anos, durante seu desaparecimento, causou o afastamento do delegado Iraí Santos de Paula, do 98º DP (Jardim Miriam), zona sul de São Paulo. O rapaz foi encontrado por parentes baleado, em um hospital, após um apelo na rede social Facebook. O afastamento do delegado foi decidido pela cúpula da Polícia Civil após uma investigação prévia sobre as denúncias de "descaso" da técnica de radiologia Karina Fogaça Alípio, de 31, irmã de Renan. O rapaz não resistiu ao ferimento, e morreu. O caso é investigado pela Corregedoria Geral da Polícia Civil de São Paulo. "Ficou evidente que a condução do caso não foi a adequada. Por isso, resolvemos tirar o delegado da chefia do 98º DP", disse Carlos José Paschoal de Toledo, chefe das delegacias da capital paulista. Renan havia desaparecido no sábado, dia 15, após sair de casa, no bairro de Pedreira (zona sul de São Paulo). De acordo com a família, ele estava em seu carro, um Ford Fiesta Hatch, quando foi abordado por criminosos, que o obrigaram a fazer três saques em caixas eletrônicos da região. Por volta da 1 hora de domingo, Karina foi ao 98º DP e pediu ajuda dos policiais civis, que registraram um boletim de ocorrência com nove linhas sobre o crime. Duas horas depois do registro, o Hospital Estadual de Diadema, no ABC paulista, na divisa com a zona sul da capital, ligou para o 98º e perguntou se os policiais buscavam um rapaz com as características físicas do metalúrgico, mas nada foi feito. Karina resolveu escrever um pedido de socorro no Facebook, ainda no domingo. O apelo, replicado por cerca de 90 mil pessoas no Facebook, chegou à página de um funcionário do hospital e a família do metalúrgico foi avisada sobre seu paradeiro. Renan estava internado em estado grave, com um tiro na cabeça. Ele morreu na manhã de terça-feira.

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